A estudante Melissa Campos, de 14 anos, foi morta a tesouradas dentro de uma sala de aula em Uberaba, Minas Gerais. O crime foi executado por dois colegas da mesma idade, segundo informações divulgadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Civil. As informações foram publicadas pela Revista Veja.
A apuração oficial descartou bullying, misoginia ou envolvimento com desafios de internet. Conforme o delegado Edson Moreira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o autor confessou que cometeu o crime por inveja. “Não havia um relacionamento afetivo entre eles. Foi um plano de adolescentes”, afirmou.
Detalhes do ataque durante aula
O ataque ocorreu na manhã de quinta-feira, 8 de maio, durante uma aula. A vítima foi atingida por uma tesoura. Após o ato, os dois envolvidos fugiram da escola. A instituição afirmou que a estudante recebeu os primeiros socorros de um professor, que também cursa medicina.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Mesmo com os cuidados emergenciais, a jovem não resistiu aos ferimentos.
Adolescente foi apreendido no mesmo dia
O primeiro adolescente foi apreendido ainda no mesmo dia da morte da vítima. O segundo foi localizado um dia depois, após depoimento informal do primeiro. Ambos têm 14 anos.
O delegado Edson Moreira destacou que apenas dois adolescentes estiveram envolvidos. “Um executor e um partícipe apenas”, declarou. A força-tarefa montada pelas autoridades concluiu rapidamente as investigações.
Crime pontual, sem risco de repetição, afirma delegado
As autoridades classificaram o crime como planejado, mas pontual. O delegado afirmou que não há risco de repetição, como ocorre em casos influenciados por redes sociais.
Segundo ele, a motivação foi exclusivamente pessoal. O envolvido que executou o ataque alegou que sentia inveja da vítima, com quem convivia desde a infância.
Processo segue em segredo de Justiça
O processo está em segredo de Justiça, por envolver três adolescentes. De acordo com o promotor de Justiça Diego Aguillar, foi necessária a criação de uma força-tarefa para apuração dos fatos.
Os dois adolescentes foram internados em unidades socioeducativas. A maior pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para casos desse tipo é de três anos de internação.
Redação/Nordeste7
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