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ANÁLISE | Allan Gomes: A “jogada de mestre” de AG para retomar o poder em Marí

Por que o nome de Allan Gomes deve ser observado com atenção nas próximas eleições

Em política, como no xadrez, há movimentos silenciosos que dizem mais do que discursos inflamados. Em Marí, na Paraíba, um nome tem chamado a atenção dos bastidores ao centro do tabuleiro: Allan Gomes, o filho caçula do ex-prefeito Antonio Gomes, surge como a peça “coringa” da estratégia política do pai para 2028.

Inspirando-se no livro Poder e Manipulação, de Jacob Petry, que afirma que “a sorte é amiga dos ousados”, fica claro que Allan representa a ousadia que falta ao pai nesse momento delicado de sua caminhada política. Jovem, articulado e com forte presença nos bastidores, Allan tem feito o que AG, com sua postura mais cautelosa, não pode ainda fazer: colocar o pé na rua, dialogar com todos os grupos e se aproximar até de adversários da família.

A presença estratégica no 1º de Maio

Durante as comemorações do Dia do Trabalhador, promovidas pela Prefeitura de Marí, a presença discreta mas constante de Allan não passou despercebida. Mesmo sem ocupar cargos, sua movimentação durante todo o dia e noite no centro da festa, tendo como aporte uma residência próxima a praça de eventos, foi interpretada como um recado claro: Antonio Gomes não está fora do jogo, apenas mudou sua forma de atuar.

Enquanto o ex-prefeito trabalha nos bastidores, Allan ocupa o palco público com habilidade e simpatia — um ativo eleitoral difícil de ignorar. Allan é mercadoria fácil de se vender para o eleitorado, tem habilidades que AG não tem.

A sombra de 2024, o foco em 2026 e os olhos em 2028

Os rumores recentes de que Marcos Martins volta a ser condenado em processo antigo e pode voltar a se tornar inelegível aumenta as esperanças de AG em retornar ao poder, sem Martins no seu caminho e derrotando a sua indicada em 2024, de quem guarda as maiores mágoas do momento por não conseguir manter seu poder absoluto sob a gestão que ele entende ser o fiador mais influente.

Em resposta, AG coloca Allan para atuar no campo político como peça de aproximação com o povo, fortalecendo alianças, frequentando eventos, promovendo encontros sociais e — o mais importante — construindo capital político próprio. Tudo isso mirando em um teste crucial: as eleições de 2026, quando os três principais líderes locais — Lucinha, Antonio e Marcos — deverão medir suas forças reais nas urnas.

Antonio Gomes está fora ou mais dentro do que nunca?

Apesar de rumores sobre seu “ostracismo”, Antonio Gomes demonstra, com frieza estratégica, que não abandonou o jogo. Ao contrário: age com a paciência de um enxadrista experiente, movendo peças de forma calculada enquanto Allan brilha sob os holofotes.

A união entre experiência e juventude pode ser o diferencial na disputa por espaço político em Marí. E se os ventos soprarem a favor, sobre tudo se a gestão de Lucinha vier a dar errado, Allan será a “carta coringa” do pai na tentativa de tornar-se o protagonista da próxima virada no cenário político local.

Redação/ExpressPB
Foto Reprodução 

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