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BRASÍLIA | Após pressão popular e 200 horas de greve de fome, Glauber Braga conquista prazo de 60 dias para defender mandato

Após 200 horas em greve de fome e intensa mobilização popular, o deputado Glauber Braga garantiu o direito a um prazo de 60 dias para apresentar sua defesa. Glauber iniciou a greve no último dia 9, em protesto contra o processo que pode levar à cassação de seu mandato. A decisão foi tomada após um acordo articulado entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ).

Segundo Motta, após a deliberação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o caso ficará suspenso por 60 dias, permitindo que o parlamentar exerça sua defesa. “Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, afirmou o presidente da Câmara nas redes sociais. Na prática, o processo deve ficar paralisado ao menos até agosto, considerando o recesso parlamentar.

Durante a greve, o parlamentar permaneceu nas dependências da Câmara, ingerindo apenas água, soro e isotônicos, com acompanhamento médico diário. A líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone, afirmou que o objetivo agora é garantir uma saída que preserve a proporcionalidade e o direito à representação popular: “Que nosso deputado Glauber siga representando o povo que o elegeu”.

Uma coletiva de imprensa foi convocada para esta tarde, na Câmara dos Deputados, onde Glauber Braga deve anunciar oficialmente o fim da greve e comentar os próximos passos.

Redação/Informações CBN e Folha de S. Paulo
Foto Reprodução 

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