Às vezes, a política é feita menos de palavras e mais de gestos. E foi exatamente um gesto — simples, porém poderoso — que paralisou os olhos de Marí nesta semana: a prefeita Lucinha da Saúde segurando, com firmeza e ternura, as mãos dos seus dois novos assessores — Manuel Batista e Marcos Sales.
Não se tratava apenas de uma pose para foto oficial. Era uma declaração silenciosa, mas estrondosa, sobre tudo o que está em jogo no momento político que atravessa a cidade.
Segurar mãos é um gesto ancestral. Representa união, confiança, parceria, acolhimento. E naquele clique, Lucinha deixou de ser a gestora acuada que parecia estar perdendo o controle, para se apresentar como uma mulher que resiste, escolhe e age.
O gesto de quem não se rende
Enquanto muitos esperavam vê-la recuar, Lucinha estendeu as mãos — e trouxe para perto dois nomes que incomodam justamente porque sabem o que estão fazendo. Manuel Batista carrega mais de duas décadas de experiência técnica e institucional. Marcos Sales, com sua veia popular e comunicadora, entende o que é dialogar com o povo em sua linguagem, suas dores e suas esperanças.
A cena — captada e amplamente compartilhada — é mais que simbólica: é política em estado puro. É o gesto de quem diz: “não estou sozinha, e não vou mais caminhar sob rédeas alheias.”
Uma foto que desestabiliza
É curioso observar como uma imagem de união desestabilizou tanta gente. Nos microfones de uma emissora de Rádio em Guarabira, um radialista correu para desqualificar as nomeações, para minimizar as trajetórias dos nomeados, para “lembrar” o que chamou de “sofrimento” do ex-prefeito Antônio Gomes com os agora assessores da prefeita.
Mas por que tanto incômodo? Porque, ao que parece, o gesto de Lucinha não foi só de afeto. E não há nada que assuste mais o velho sistema do que ver alguém que se dizia fraca finalmente se levantar com coragem.
Quando o gesto fala mais que o discurso
A foto de Lucinha segurando mãos diz mais que um pronunciamento de 40 minutos. Ela grita sem voz: “Escolhi seguir com quem me ajuda, não com quem tenta me controlar.”
Ela aponta caminhos, cria novas alianças, e mostra que a política — se feita com verdade — pode, sim, ser o espaço onde a humildade se encontra com a firmeza, e o gesto pequeno ganha força de manifesto.
Enquanto alguns criticam no rádio, Lucinha responde com o corpo. Enquanto esperavam lágrimas, ela entregou mãos dadas. Enquanto apostavam na sua fraqueza, ela apresentou alicerces.
E essa foto, que hoje emociona e incomoda, pode muito bem ser lembrada amanhã como o exato momento em que uma mulher, pressionada por todos os lados, decidiu não mais ceder. Decidiu se cercar de quem não deseja seu cargo, mas seu sucesso.
Lucinha segurou mãos. E, com isso, segurou também a chance de mudar sua história — e quem sabe, a de Marí.
– (Manuel Batista – apenas um cidadão)
Redação/ExpressoPB
Por Manuel Batista