Nesta quinta, 20 de fevereiro de 2025, um estudante da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) sofreu uma severa humilhação por uma estudante da faculdade particular (EESAP) localizada no município de Belém, no Estado da Paraíba (PB).
O caso vem repercutindo nas redes sociais, assim como na mídia local. Há algum tempo, temos lutado de forma contínua para difundir a valorização das licenciaturas no Brasil, principalmente para combater o preconceito das elites contra as universidades públicas. Episódios como esses possuem muitas causas. Em primeiro lugar, a atual prefeita de Belém, ao se calar diante do ocorrido, denúncia a que lado pertence, a que discurso valoriza. O que talvez você não saiba, é que há um transporte exclusivo tão somente para os estudantes de universidades particulares, de modo que eles NÃO SE MISTURAM com os de universidades públicas, como a UEPB, por exemplo. Nesse sentido, há uma segregação incontestável, sustentada pelo poder público municipal, que deveria, a título de equidade e igualdade, fomentar a inclusão e não a exclusão.
Normalmente, sem generalizar, muitos estudantes de universidades particulares, que se gabam de estudar em universidades públicas, caem na vã ilusão de superioridade intelectual. No entanto, esquecem-se de que, na verdade, comprar diploma hoje em dia é muito fácil. Quer testar a sua medula oblonga, a sua massa cinzenta, então tenta estudar anos a fundo, para prestar um exame de 180 questões + uma redação, enfrentar transtornos de ansiedade, doenças adversas, crises familiares particulares e, ainda assim, conquistar uma vaga mesmo subjugado a toda essa realidade caótica. Essa ideia de superioridade, mostrar-se divino sobre a plebe, é uma invenção, sobretudo uma invenção que a elite cria para esconder o medo, o medo de assumir a incompetência pessoal, intelectual e profissional de enfrentar a realidade de forma integral com todas as suas contradições. Viva a licenciatura! Viva aos milhares de estudantes de escolas e universidades públicas deste país.
Agradecemos ao radialista, historiador e pesquisador João Paulo Ferreira da Silva, por ter fornecido todas as informações necessárias para essa matéria.
Créditos para @gritopopular
Ao estudante humilhado, a nossa solidariedade!
Da Redação – PBCidades





