A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agrário do município de Marí parece ter deixado de ser uma instituição pública e se transformado em um feudo particular, comandado por um secretário que ignora a autoridade da prefeita e usa a estrutura do governo para interesses pessoais.
Nesta quinta-feira (06), em uma entrevista polêmica, o secretário Severino Ramo declarou abertamente que não aceita ordens da chefe do Executivo municipal. Mais alarmante ainda, ele afirmou que pretende utilizar sua posição para travar uma disputa pessoal contra um ex-assessor, demonstrando total desrespeito à função pública e aos princípios da administração.
Essa não foi a primeira declaração polêmica do secretário. Na semana passada, ao tratar sobre o programa de cortes de terra para agricultores, ele afirmou que apenas quem tiver um “QI” (“Quem Indique”) dentro da gestão municipal – de preferência um vereador ou agente político ligado à prefeita – terá acesso ao serviço. Essa declaração levanta sérias suspeitas sobre a transparência e a equidade na distribuição de benefícios públicos.
A situação em Marí está cada vez mais crítica, com uma administração municipal que parece ter múltiplos “prefeitos”, enquanto os problemas reais da população se acumulam sem solução. A privatização escancarada do serviço público por um secretário despreparado, sem filtros e sem freios, é um alerta preocupante sobre o futuro da governança local.
Diante desse cenário, cabe à população e aos órgãos de controle exigir medidas urgentes para garantir que o serviço público volte a ser, de fato, público, e não um instrumento de poder pessoal.
Redação/ExpressoPB
Foto: Mari 2 Ponto 0





