Os dados indicam que a violência contra a mulher persiste com frequência no estado, com destaque para as ocorrências dentro do ambiente doméstico. A casa da vítima segue sendo o local mais comum das denúncias, com 637 casos registrados, seguida pela residência compartilhada com o suspeito, que somou 529.
Em relação ao perfil das vítimas, as mulheres pretas e pardas representam a maioria, com 817 registros. As agressões têm sido cometidas principalmente por esposos, companheiros e ex-companheiros, totalizando 423 ocorrências.
Tipos de violência
Entre os tipos de violência mais denunciados, a psicológica foi a mais frequente, com 101.007 casos em todo o Brasil, seguida pela violência física (78.651) e patrimonial (19.095). Em relação à frequência, 46,4% das vítimas relataram agressões diárias, enquanto 23.431 denunciaram agressões ocasionais.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou o aumento da confiança das mulheres no serviço, destacando a reestruturação do Programa Mulher Viver sem Violência, iniciado em 2023. Ela enfatizou ainda os esforços para ampliar a divulgação do Ligue 180, incluindo o atendimento via WhatsApp, e a capacitação das profissionais envolvidas no acolhimento.
Dados nacionais
No Brasil, o número de atendimentos pelo Ligue 180 foi de 691.444, representando um aumento de 21,6% em relação a 2023, com destaque para o crescimento de 63,4% nas denúncias feitas por WhatsApp, que passou de 6.689 para 14.572.
Além do aumento no número de atendimentos, o Ligue 180 inaugurou, em agosto de 2024, uma nova central de atendimento, que passou a operar de maneira independente, com um contrato no valor de R$84,4 milhões. A central também ampliou a capacidade de quantificar outros tipos de atendimentos, como orientações sobre os direitos das mulheres e a rede de serviços especializados.