Um adolescente de 16 anos foi apreendido na tarde desta sexta-feira (31), em Campina Grande, suspeito de matar o policial penal Márcio Wendel Barreto dos Reis, de 43 anos, com facadas. O crime ocorreu na noite de 28 de janeiro, dentro de uma escolinha de futebol no bairro São José, na zona oeste da cidade.
Segundo a Polícia Civil, o jovem confessou o assassinato e revelou que o crime aconteceu após um desentendimento entre ele e a vítima. Durante o depoimento, o adolescente alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que estava sozinho durante a ação. No entanto, a versão apresentada por ele não corresponde totalmente à cena do crime, já que o corpo de Márcio Wendel foi encontrado com lesões graves, incluindo a parte do nariz e da bochecha arrancadas.
O suspeito foi localizado no Complexo Habitacional Aluízio Campos, na zona sul de Campina Grande. Ao ser questionado sobre o roubo do carro e do celular da vítima, o adolescente negou ter intenção de roubar, alegando que usou o veículo para fugir do local do crime e posteriormente abandonou o carro próximo à sua casa. Ele ainda confessou ter se desfeito do celular para evitar rastreamento.
O delegado Francisco Brasileiro, em coletiva à imprensa, informou que a investigação descobriu que o policial penal mantinha contato com o suspeito por meio de um perfil falso nas redes sociais. Com base nas informações do perfil, a polícia conseguiu identificar e localizar o jovem.
Márcio Wendel, que trabalhava como agente no Presídio do Serrotão e também dirigia a escolinha de futebol, foi encontrado morto pelo vizinho da instituição, que notou o portão aberto e decidiu verificar o ocorrido. Ao entrar no local, o vizinho encontrou o corpo ensanguentado, com evidentes marcas de facadas.
Testemunhas da região afirmaram não ter ouvido barulhos suspeitos e o portão da escolinha não apresentava sinais de arrombamento. Uma câmera de segurança do local estava desativada no momento do crime e foi apreendida pela polícia para perícia.
O adolescente apreendido foi levado para a Central de Polícia Civil de Campina Grande, onde responderá por ato infracional análogo a homicídio e roubo.
Redação/PBAgora
