EDITORIAL | Por que o Governo ainda não regulamentou ou proibiu jogos online de azar?

Publicado em quarta-feira, janeiro 15, 2025 · Comentar 


Foto Reprodução

A discussão sobre a legalização ou proibição definitiva dos jogos de azar online continua ganhando destaque no Brasil, mas o que impede uma decisão definitiva sobre o tema? Recentes investigações policiais envolvendo famosos e influenciadores trouxeram à tona a necessidade de um posicionamento claro das autoridades.

Nesta quarta-feira (15), a Polícia Civil de Alagoas deflagrou a Operação Game Over 2, voltada para combater plataformas ilegais e seus divulgadores. O foco da investigação é o famoso “Jogo do Tigrinho”, uma modalidade de jogo de azar que movimenta grandes somas de dinheiro, enriquecendo uns e deixando outros na miséria.

Dois nomes de peso foram incluídos na nova fase da operação: Babal Guimarães, cunhado de Carlinhos Maia, e Rico Melquiades, campeão de A Fazenda 13. Essas investigações reforçam a relação entre influenciadores digitais e a promoção de jogos considerados ilegais no país.

Celebridades e polêmicas judiciais

Outro nome que repercutiu recentemente foi o cantor Gusttavo Lima. Acusado de atuar de forma irregular junto aos proprietários da plataforma Vaidebet, o cantor obteve decisão judicial favorável. Mesmo assim, o caso levanta questões sobre a regulamentação e fiscalização desse mercado.

A inércia do Governo e do Legislativo

Apesar das operações e do clamor público, governo e Congresso Nacional permanecem inertes quanto à criação de uma legislação clara sobre os jogos de azar online. Essa falta de regulamentação gera um cenário de insegurança, tanto para quem atua no setor quanto para quem consome esses serviços.

A regulamentação poderia gerar receita para o país, criar empregos e oferecer maior proteção aos consumidores. Por outro lado, uma proibição severa exigiria maior empenho em fiscalização e punição aos infratores. O debate, contudo, continua travado.

Qual será o futuro dos jogos online no Brasil?

Enquanto o governo não define uma posição, o mercado dos jogos online segue operando em uma área cinzenta. Casos como a Operação Game Over 2 reforçam a urgência de uma resposta legislativa. Afinal, é possível combater a ilegalidade sem regulamentar o setor?

Com tantos interesses em jogo, a decisão sobre o futuro dos jogos online no Brasil é uma questão de tempo — e de prioridade política.

Editorial/ExpressoPB – 15/01/2025

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