O ex-vereador Betinho Baltazar, que um dia foi visto como uma jovem promessa da política de Marí, encerra sua carreira pública de forma melancólica. Apoiado e moldado pelo ex-prefeito Antonio Gomes, Betinho viu seu potencial ser diluído em meio a erros estratégicos e derrotas nas urnas. Agora, após ter sido Presidente da Câmara Municipal na legislatura que se encerrou e ter feito campanha escancarada para a prefeita, acaba de ser anunciado pela mídia oficial do governo como assessor no gabinete da prefeita Lucinha da Saúde — uma função discreta e desprovida de relevância política. Até mesmo o seu cabo eleitoral, Alexandre Kennedy ganhou espaço mais relevante na gestão de Lucinha – é o novo Coordenador de Comunicação – do que o próprio Betinho.
Inicialmente, Betinho tinha tudo para se tornar uma liderança local de destaque. Jovem, articulado e com acesso às bases eleitorais, ele representava uma esperança de renovação. No entanto, sua proximidade com Antonio Gomes, um político cujo principal objetivo parece ser a promoção de sua própria família, transformou Betinho em uma mera peça de um jogo político focado em interesses pessoais.
O cargo que Betinho agora ocupa é o mesmo que seu tio desempenhava até dezembro de 2024. Sem projeção pública ou relevância política, a posição ilustra a perda de prestígio e a ausência de perspectivas de crescimento para o jovem ex-vereador.
O ex-prefeito Antonio Gomes, uma figura central na política de Marí, tem uma estratégia que fica cada vez mais evidente: neutralizar qualquer potencial liderança que ameace sua hegemonia. Com isso, ele mantém sua família no centro das decisões políticas, enquanto outros nomes que poderiam brilhar são relegados ao ostracismo.
A história de Betinho Baltazar é um exemplo claro dessa dinâmica. Ele foi alçado ao cenário político como uma promessa, mas logo foi envolvido em uma teia de interesses que minaram suas chances de protagonismo.
Com a imagem desgastada e longe dos holofotes, Betinho enfrenta agora o desafio de recomeçar. Para a política de Marí, sua trajetória serve como um alerta sobre os perigos de alianças que priorizam interesses individuais em detrimento do desenvolvimento coletivo.
A cidade aguarda por novos nomes que possam romper com essa dinâmica e trazer uma perspectiva renovada para a política local. Enquanto isso, a história de Betinho Baltazar permanece como um exemplo das armadilhas que a política pode apresentar para aqueles que não conseguem manter sua independência.
Redação/ExpressoPB