ARTIGO | Quando o veneno está na pena: A verdadeira fragilidade da nova gestão – Por Marcos Sales

Publicado em sábado, janeiro 4, 2025 · Comentar 


“Palavras podem ser nítidas, mas a verdade é ainda mais cortante. E em Marí, o discurso do ódio muitas vezes nasce da falta de argumentos.”

Resolvi falar, após quase três meses de silêncio, pós eleições, a partir de uma análise provocativa publicada recentemente por Alexandre Kennedy que tenta me retratar como uma figura derrotada e politicamente irrelevante. Pedi permissão ao Editor do Expresso, Paulo Sérgio, para me pronunciar neste veículo, o qual durante anos fui colaborador para me dirigir a Marí e a Paraíba para dizer que o texto de Kennedy  não é uma avaliação ponderada, mas a evidente fragilidade de quem busca, a qualquer custo, deslegitimar vozes críticas em Marí.

Minha trajetória, como filho natural de Marí, não é marcada pelo ódio, mas pelo compromisso. Por mais de uma década, fui uma das principais vozes da cidade através da rádio comunitária, tornando-me um canal para amplificar as dores, os questionamentos e as esperanças do povo mariense. Alexandre ignora essa história para criar uma narrativa conveniente, que mais reflete o temor de quem tenta esconder as próprias falhas, do que qualquer avaliação séria.

A verdadeira história não pode ser apagada

Ao associar minha figura ao “ódio” e à “desorientação”, Alexandre desconsidera o papel essencial que exerci como militante político e radialista. Sempre tive a coragem de questionar gestões municipais que muitas vezes ignoraram as demandas populares. Essa postura crítica, embora desconfortável para alguns, é um alicerce fundamental de qualquer democracia saudável.

Tentar reduzir minha participação política na derrota eleitoral é ignorar que as eleições não são apenas sobre vencer, mas sobre debater o que precisa ser derrotado. Mesmo como suplente, mantive minha posição firme e independente — algo que incomoda os que fazem alianças convenientes e silêncios estratégicos.

Alexandre Kennedy: comunicação ou ataques?

A nomeação de Alexandre Kennedy como Coordenador de Comunicação da Prefeitura de Marí é, no mínimo, irônica. Conhecido por atacar a imprensa local e agir como um “para-choque” da gestão anterior, Alexandre parece repetir o mesmo papel: atacar adversários em vez de promover um diálogo saudável e informativo.

Na gestão passada, como Gerente de Planejamento, Gestão e Projetos na Secretaria de Saúde, sua atuação foi mais externa para encobrir falhas administrativas do que para apresentar soluções. Agora, à frente da comunicação, seu texto contra mim demonstra um despreparo preocupante. Em vez de usar sua posição para informar e dialogar, opta por discursos pessoais e agressivos que desqualificam o debate público.

Uma gestão que não escuta, apenas ataca

O comportamento de Alexandre Kennedy reflete a postura de uma gestão que prefere o confronto à construção de pontes. Desde o início, a “nova” gestão vem dando sinais claros de sua dificuldade em dialogar com o Legislativo e com a sociedade civil.

Ao atacar figuras como eu, a gestão tenta desviar a atenção de suas próprias falhas. Mas o povo de Marí não é cego. Sabe diferenciar críticas construtivas de ataques pessoais, e entende que, por trás da retórica de Alexandre, há um esforço para mascarar as fragilidades de uma administração que ainda não mostrou a que veio e nem sabe se vai ficar.

Não sou uma figura “definhando”, como sugere Alexandre. Sou um filho de Marí, uma voz crítica que continua ativa, porque acredito na força da democracia e na importância do debate. O problema de Alexandre e da gestão que ele representa é que prefere o deboche ao diálogo, e os ataques à crítica.

Marí merece uma comunicação que informe, que construa, que dialogue com respeito. O que Alexandre Kennedy oferece, no entanto, é o oposto disso: um discurso que polariza, desqualifica e tenta silenciar aqueles que incomodam.

A democracia não se faz com ataques, mas com debates. E, enquanto houver pessoas como Alexandre que esconde o veneno do ódio, continuarei sendo a voz que insiste na verdade, mesmo que ela doa em quem não quer ouvir.

Paz e bem para todos!


Marcos Sales  
Professor com licenciatura em Letras pela UEPB
Radialista e Analista Político, com experiência em gestão pública, tendo assumido cargos na gestão pública em Marí e João Pessoa, tanto no legislativo quanto no executivo.

Para o ExpressoPB em 04/01/25
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