O soldado Felipe, acusado de jogar Marcelo Amaral, 21, de uma ponte em Cidade Ademar, São Paulo, carrega um histórico de episódios violentos em sua atuação como policial militar. Em 2023, Felipe foi investigado por matar Maycon Douglas Valério, 31, após disparar 12 vezes contra o motoqueiro durante uma abordagem na rua do Café, em Diadema. O caso foi arquivado pelo Ministério Público sob a justificativa de legítima defesa, informa o Uol.
De acordo com a versão do policial, Maycon estaria armado com um revólver calibre 38 e teria atirado em sua direção. Felipe respondeu disparando 12 vezes com sua pistola Glock da PM, atingindo o motoqueiro. A vítima foi socorrida ao Hospital Municipal de Diadema, mas não resistiu aos ferimentos e morreu minutos após a entrada.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) considerou que o policial agiu em legítima defesa e no cumprimento do dever. Em janeiro de 2024, o promotor João Otávio Bernardes Ricupero pediu o arquivamento do caso, prontamente aceito pelo juiz José Pedro Rebello Giannini, da Vara do Júri de Diadema.
Afastamento recente reacende questionamentos
O episódio voltou ao centro das atenções após Felipe e outros 12 policiais serem afastados de suas funções e recolhidos à Corregedoria da PM devido à suspeita de envolvimento no caso de Marcelo Amaral. A investigação aponta que Felipe teria jogado o jovem de uma ponte, ato que gerou forte comoção e reações de indignação.
Em entrevista à TV Globo, Antônio Donizete do Amaral, pai de Marcelo, expressou revolta com a atitude do policial. “A PM está aí para fazer a defesa da população e não para fazer o que fez com meu filho. Ele é trabalhador e nunca se envolveu em nada errado. Está traumatizado”, desabafou.
Redação/Brasil 247