Daiane Dias, a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado contra o STF, morreu na madrugada desta terça-feira (3), após 16 dias internada na UTI. Ela ateou fogo propositalmente, segundo a polícia, na casa onde vivia em Rio do Sul (SC) e sofreu queimaduras graves de 1°, 2° e 3° graus por todo o corpo.
A morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Daiane estava internada no Hospital Tereza Ramos, em Lages, unidade referência para atendimento de queimados.
“A direção do Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages, informa que a paciente faleceu na madrugada desta terça-feira, 3 de novembro, devido a complicações no seu quadro de saúde. Prontamente, o óbito foi comunicado à família e acionada a Polícia Científica de Santa Catarina”.
O incêndio na residência aconteceu na manhã de domingo, 17 de novembro, quatro dias após o ataque de Tiü França, apelido usado por ele nas redes, na sede do STF. No dia seguinte ao atentado, 14 de novembro, ela foi ouvida pela Polícia Federal na investigação que apurou o ato.
Na ocasião, disse aos policiais que Francisco “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora” do atentado.
Conforme a Polícia Civil, a mulher comprou produto inflamável no amanhecer de domingo em uma loja de Rio do Sul. Em seguida, voltou para a casa e provocou o incêndio, ficando dentro do imóvel.
Durante a perícia, a Polícia Científica apreendeu uma jaqueta que era, em tese, a utilizada pela mulher e que aparentava conter material inflamável. Também foram coletados outros materiais de interesse pericial, para apurar o que ocasionou o incêndio.
“Obtivemos mais evidências (inclusive vídeos) de que ela agiu totalmente sozinha e ateou fogo na residência e permaneceu lá dentro no intuito, ao que tudo indica, de tirar sua própria vida”, declarou o delegado Juliano Bridi após o incêndio.
O carro que explodiu na noite desta quarta-feira (13) no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), estava no nome de Francisco Wanderley Luiz. A Polícia Civil também confirmou que ele era o homem que morreu nas explosões.
As explosões ocorreram em frente ao STF por volta das 19h30, em um intervalo de cerca de 20 segundos. No porta-malas do veículo, que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.
Fonte g1 Santa Catarina
Redação/ClickPB