EDITORIAL: Ele não acredita na justiça, tem certeza da impunidade

Publicado em terça-feira, novembro 26, 2024 · Comentar 


Foto Reprodução

Olhar  pelas costas, desdenhar de investigações, duvidar da força da justiça são atitudes de quem tem certeza da impunidade. A tomar como base a fala do alcaide mariense em áudio seu dirigido a apoiadores após ser informado de que o Juiz Dr. Renan do Valle Melo Marques o havia intimado para se posicionar quanto a AIJE (nº  0600785-35.2024.6.15.0004. ) junto a justiça eleitoral, pode-se concluir que ele tem certeza da impunidade. Não só ele, o seu “exército de zumbis” também. Basta alguém comentar algo relacionado a essas questões que eles não se constrangem em desdenhar da justiça.

Por mais que seu subconsciente registre tudo o que fez antes, durante e depois da eleição de outubro próximo passado, não o faz acreditar que será alcançado pela justiça, parece que se acha a própria justiça. Ora, quem terá a coragem de punir o matuto que virou “barão” e que mesmo antes da campanha começar já demonstrava seu desprezo pelas leis e a justiça? É uma sumidade!

Quando a campanha começou o ‘barão’ deu ordem para não se cumprir nenhuma regra, desde a assinatura de um TAC junto a justiça eleitoral até o desrespeito aos templos religiosos: “ninguém respeita ninguém”. Essa foi a sua ordem suprema. Se não respeitou as instituições oficiais, imagina as famílias, os sentimentos e a dignidade de alguém.  A ordem era acabar com tudo e com todos, comprar tudo e todos que tivessem preço, mas ganhar a eleição.

Apesar de todo o esforço não conseguiu vencer a cidade, aliás a cidade lhe mandou um recado claro: “aqui não barão!”.  É na cidade que ele vai saindo mais odiado que quando entrou e certamente irá sentir na pele -mais na frente – os efeitos e o desprezo por não ter respeitado nada e nem ninguém, até porque não tem como se ignorar a lei da natureza, conhecida como “lei do retorno”.

Entretanto, o “barão” esquece que, como disse a Juíza Lúcia Glioce ao proclamar a sentença condenatória dos assassinos de Marielle Franco no último 31 de outubro, “a justiça, por vezes, é lenta, é cega, é burra, é injusta, é torta, mas ela chega!”. É só uma questão de tempo, não tem como escapar desse acerto de contas com o tempo.

É obvio que a Dra. Glioce estava se referindo a justiça dos homens, esta por sinal já lhe mandou dizer que está atenta: ele teve que responder ao seu chamado com data e hora marcada, mas não esqueça que as contas ainda devem ser acertadas com a Divina. Essa também chega, mais forte até que a dos homens. Pode esperar!

Editorial/ExpressoPB – 26/11/2024

 

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