Análise: Secretário promete estrutura, mas educação em Marí vive crise sem precedentes

Publicado em terça-feira, novembro 26, 2024 · Comentar 


Foto Reprodução/Portal Umari

De acordo com matéria publicada pelo PortalUmari , na última sexta-feira, 22 de novembro, o secretário de Educação de Marí, Jailton Ferreira, aproveitou sua participação no “Programa Município em Pauta” para divulgar os prazos de matrícula na rede municipal e apresentar uma longa lista de “benefícios” oferecidos aos alunos. Contudo, enquanto parques infantis, energia solar e salas climatizadas são exaltados, a realidade educacional de Marí aponta para uma gestão que falhou em entregar o essencial: uma educação de qualidade.

Com o 4º pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Estado da Paraíba e um índice de alfabetização zero, Marí enfrenta uma das piores crises educacionais de sua história. A retórica do secretário, ao listar estruturas e benefícios, ignora o fato de que essas melhorias são apenas cosméticas, incapazes de compensar a queda acentuada no aprendizado dos alunos. Afinal, de que adianta uma sala climatizada, se os alunos não estão aprendendo a ler e escrever?

Os pais mariense podem garantir vagas para seus filhos dentro dos prazos estipulados, mas o que estão realmente recebendo? Um sistema educacional incapaz de oferecer o básico. Enquanto o secretário promete “educação de qualidade para todos”, os números contam outra história. Sob a gestão do prefeito Antônio Gomes e da vice-prefeita Lucinha da Saúde, a qualidade da educação em Marí despencou, colocando em xeque a prioridade dada à educação pela administração.

“Estamos trabalhando para que cada aluno tenha acesso ao melhor,” afirmou Jailton Ferreira no programa de rádio, segundo a matéria. No entanto, a prática contradiz as palavras. O melhor para os estudantes não é oferecido por uniformes ou merenda, mas sim por professores capacitados, um currículo consistente e um ambiente que estimule o aprendizado – aspectos que claramente estão em falta.

Embora a administração tenha investido em infraestrutura e serviços complementares, esses avanços parecem ser pouco mais do que medidas para criar uma imagem positiva da gestão. A ausência de progresso nos indicadores educacionais é um reflexo claro de que os recursos estão sendo direcionados para áreas que não atacam o problema central: o déficit de aprendizado dos alunos.

O município de Marí não precisa de marketing institucional ou anúncios que apenas mascaram uma crise educacional profunda. Precisa de uma gestão que priorize, de fato, o ensino de qualidade, que capacite seus professores, implemente metodologias eficazes e assegure que cada aluno seja capaz de aprender, crescer e contribuir para o futuro da cidade.

Sem mudanças urgentes, as promessas de “educação de qualidade para todos” continuarão sendo apenas palavras vazias. E enquanto isso, os alunos de Marí pagarão o preço por uma gestão que parece se preocupar mais com a aparência do que com a essência da educação.

Redação/ExpressoPB

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