“Ele é um milagre”, afirma mãe do único atleta sobrevivente da equipe de remo de Pelotas em acidente que deixou nove mortos

Publicado em quarta-feira, outubro 23, 2024 · Comentar 


Foto Reprodução/ Arquivo pessoal

Em meio ao choque e emoções misturadas, Graciele Timm Nolasco, mãe de João Pedro Milgarejo, o único sobrevivente do time de remo de Pelotas no trágico acidente em Guaratuba (PR), expressa sua gratidão pela sobrevivência do filho, embora esteja devastada pela perda dos demais jovens.

Na fatídica noite de domingo (20), uma carreta despencou sobre a van que transportava a equipe, resultando na morte de sete atletas, o coordenador e o motorista na BR-376.

João Pedro, de 17 anos, escapou com apenas arranhões e sem ferimentos graves, um fato que sua mãe considera “um milagre”. Ele foi rapidamente levado para um hospital em Santa Catarina e já está recuperado.

Graças a Deus ele tá bem. Ele é um milagre. Minha definição hoje é gratidão, porque meu filho nasceu de novo. Só o psicológico dele que a gente vai ter que tratar. Vai ser muito difícil compartilha Graciele.

Um retorno doloroso

O acidente cortou bruscamente a trajetória promissora dos jovens atletas, que retornavam de uma competição com sete medalhas do Campeonato Nacional de Remo Unificado.

(Estou) sentindo a dor de cada mãe, que é desesperador confessa Graciele.

Em um gesto emocionante, João Pedro dedicou sua medalha de ouro no Campeonato Brasileiro ao pai falecido e à mãe. A foto do momento foi divulgada no perfil oficial da Confederação Brasileira de Remo, mostrando o adolescente ao lado de três colegas.

Encontro iminente

Atualmente, Graciele está a caminho de Santa Catarina para se reunir com João Pedro. Até o final da tarde desta segunda-feira (21), ela pediu que ninguém contasse ao filho sobre o falecimento dos amigos.

Eu pedi para todos que não falassem nada para ele. O emocional dele vai (ficar) muito abalado revela.

O esporte sempre foi um elo forte entre os membros da equipe. Graciele lembra como o remo transformou a vida do filho nos últimos dois anos desde que ele se juntou ao time.

A gente é uma família. O remo mudou a vida dele completamente. Ele era muito apegado aos guris. Eles tinham um compromisso muito grande com o remo, de sair às 5h30min e ir para o remo. Eles honravam muito o projeto. Era tudo. Agora eu não sei como é que vai ser admite com pesar.

Redação/O Segredo

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