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A história foi contada muitas vezes, mas a cada episódio novo, novos mistérios a rodeia. Maria é filha de Zé Roberto, um agricultor do sítio Porções, na zona rural de Alagoinha, município localizado entre Guarabira e Alagoa Grande, na região entre o brejo e o piemonte da borborema.
Parafrazeando a famosa canção “Maria, Maria” do mito Nilton Nascimento, Maria de seu Zé Roberto faz história e se diferencia de tantas outras Marias mundo afora, logo apresentou em sua personalidade a vocação do pai em seguir a vida pública – ele foi vereador, diferente da mãe, Dona Josefa Rodrigues que preferiu as atividades do lar.
Maria casou-se, foi mãe de três filhos, mas não se acomodou. Foi estudar, formou-se em Pedagogia e logo foi trabalhar no setor público. Em 1989 assumiu a Diretoria do Núcleo de Promoção Humana, órgão estadual, vinculado a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano. Em 2004 se elegeu vereadora, se reelegeu em 2008 e 2012.
Mas, os “mistérios de Maria” só se iniciaram em 2016 quando convidada a ser vice na chapa do MDB. Eleita vice ajudou e foi leal ao prefeito Jeová José sem pestanejar. Eis que em um dia qualquer da pacata Alagoinha o prefeito renunciou o cargo. Não, não era um dia qualquer; era 09 de agosto de 2018, uma quinta-feira, a notícia caiu como uma bomba no meio política da cidade e em toda a região. Era madrugada da quinta-feira quando tudo se confirmou.
Apesar de se ter oficialmente a versão de que o prefeito teria problema sério de saúde e teria renunciado por recomendação médica a história nunca convenceu totalmente a população, os analistas políticos da região e nem tão pouco a classe política.
PRA NÃO ESQUECER: Na Edição de nº 40 da Revista EXPRESSO, uma matéria intitulada “A estranha renúncia de Jeová”, colocava ainda mais especulações a respeito e questionava; “Quais os reais motivos da renúncia do prefeito de Alagoinha Jeová José? A população ainda aguarda uma justificativa convincente”.
O fato é que, Maria foi uma grata surpresa, que deu certo, no pós Jeová; tão certo que em 2020 conseguiu se reeleger com muita facilidade. Seu vice, o jovem Alírio, filho de um importante empresário local que costuma se envolver nas campanhas políticas da cidade. Por lá dizem que prefeito em Alagoinha só se elege se receber as bençãos de Alírio Pontes.
Alírio, a mulher e os filhos já foram de tudo em Alagoinha, ele só não foi ainda prefeito, apesar de se ver realizado agora com a eleição do filho como prefeito da cidade, em 06 de outubro passado, com mais de 5 mil votos.
Maria em recente agenda no Gabinete do Prefeito, mas ela continua afastada
Voltemos então à Maria, que apesar de ainda ter o título de prefeita não assume o cargo, pois encontra-se afastada desde antes da eleição e de fato não se sabe o porque, apesar dela e de seus assessores afirmarem que trata-se de um problema de saúde.
Todavia, tudo poderia ser insuspeito, se Maria não estive tão ativa ou até mais de que quando estava no posto ao qual foi alçada pelo voto popular e do qual hoje encontra-se afastada, mas sem renunciar, apenas licenciada.
A prefeita afastada cumpre agenda administrativa ao lado do prefeito em exercício e eleito, Alírio Filho, e não esconde sua performance de boa saúde e bom humor por onde passa, ainda assim não retoma o posto.
A simpatia de Maria e o desejo de ‘voar mais alto’
Não se pode negar que Maria de Zé Roberto é a simpatia em pessoa. Como afirmamos anteriormente ela é sempre bem humorada, simpatica e educada.
Esbanja saúde, felicidade e entusiasmo de lutar por aquilo que acredita. Em conversa nos bastidores até já falou em disputar uma das 36 cadeiras da Casa de Epitácio Pessoa, a casa alta do legislativo paraibano.
Com tanta energia assim, é de no mínimo se estranhar o porque de Maria não encerrar com chave de ouro a sua gestão a frente da prefeitura de Alagoinha.
Para os amantes das telenovelas brasileiras, o caso de Maria quanto a sua vida política recente cai como uma luva no bordão que a saudosa dona Milú da novela Tieta sempre repetia: “mistérioooo…!”.
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Redação/ExpressoPB
