O padre francês Laurent Jullien de Pommerol renunciou ao cargo após anunciar durante a celebração de uma missa, no último domingo, que será pai. Em uma carta divulgada, o religioso da paróquia Beata Paulina Jaricot também pediu perdão aos fiéis do bairro Croix-Rousse, localizado na França.
“Entendo que isso possa chocar ou deixar um sentimento de traição. Este processo é uma ruptura muito dolorosa que a honestidade exige. Lamento profundamente a dor que isso causa a cada um de vocês”, disse o padre.
“Peço humildemente o seu perdão, eu mesmo estou chateado com este acontecimento. Abre-se uma nova responsabilidade e para o bem da criança e da sua mãe, não há como fugir de mim. Há algum tempo, experimentei uma grande angústia que não pude ou não sabia como compartilhar. Não deixei aparecer nada porque a sua origem nada tem a ver com a nossa vida paroquial. Essa provação me enfraqueceu muito e alterou meu discernimento”, acrescentou Laurent Jullien.
Segundo o jornal francês Le Figaro, o padre entregou todas as responsabilidades paroquiais ao arcebispo de Lyon, Olivier de Germay. “Como vocês sabem, ao dizerem sim ao chamado do Senhor, os sacerdotes concordam em viver na castidade e renunciam ao casamento. Este compromisso é ao mesmo tempo exigente e belo, permite entregar-se inteiramente ao Senhor para a missão, à imagem de Cristo casto e pobre”, disse o arcebispo.
“Por motivos que não devemos julgar, o pároco da Beata Paulina Jaricot, nosso irmão, afastou-se desta exigência e assumirá a futura paternidade”, emendou o líder religioso. A paróquia Beata Paulina Jaricot será assumida pelo monsenhor Alain Planer.
Este não é o primeiro caso em França. Em 2017, o padre David Gréa abandonou também o sacerdócio após revelar que ia casar, recordou o Le Figaro.
Redação/Polêmica Paraíba