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EDITORIAL: O major é populista, nada popular

Muito tem se comentado sobre o aniversário do prefeito de Sapé, major Sidnei, realizado em praça pública com a presença de familiares, amigos, políticos aliados próximos e umas duas centenas de pessoas prestigiando a ‘louvação personalistica’ do prefeito/politico/gestor por mais um ano de vida.

Nesses comentários fala-se que o major seria o político contemporâneo mais popular que já se viu em Sapé, algo talvez nunca visto em questão de “popularidade”. Exagero para agradar o major, com certeza!

Ao analisar fatos, atitudes e ações do major, é impossível desassocia-lo do perfil de um político populista, muito distante de ser popular, como alguns querem apresentá-lo.

O perfil de um populista, segundo a ciência política, pode ser resumida pelos seguintes comportamentos:

  • concentração do poder em uma figura única;
  • prática baseada na retórica;
  • ênfase no papel do Estado e na atração pessoal de um líder;
  • paternalismo;
  • ideologia moralista;
  • massa impotente x grupo de poderosos; o líder por sua vez protege as massas (só que não!); dentre outras.

Para ser popular, o líder precisaria ser “uma pessoa descolada e desencanada que faz amigos com facilidade; ter estilo e mostrar atitude, sempre respeitando os aliados, amigos e quem o rodeia. Aonde ir atrair olhares, ser conhecido pelo bom trato até com adversário; as pessoas sempre falarem a seu respeito e ele ter “contatos” em todo lugar.”

Pouco mais de dois anos a frente da prefeitura de Sapé, Sidnei Paiva, coleciona uma lista de desafetos gratuitos. Gratuitos porque de fato não o teria motivos para sê-los; é rancoroso e arrogante com quem discorda de suas ações, por mais simples que seja o ‘desagrado’ e não tem gratidão ao esforço e/ou dedicação de alguém.

Em contrapartida, usa a retórica para criar o “eu contra eles”; detesta críticas e imprensa livre; é ‘popstar’ nas redes sociais, sorridente e simpático para as massas e divide o poder apenas com a cônjuge.

Exemplo de populismo no mundo

Analisando a história para sustentar a tese do populismo, podemos apresentar como exemplo o caso do casal Peron na Argentina. Evita e Juan Domingo Perón, chegaram ser tema de filme hollywoodiano, estrelado por ninguém menos que Madonna.

Lá na Argentina, conforme registra o Brasil Escola do Uol, “até a primeira dama entra na conquista do afeto do povo. Evita era considerada glamourosa, enquanto Perón, calmo e, como é comum a todos esses líderes, paternal.”.

Voltando a Sapé… 

Qualquer semelhança é pura coincidência!

Editorial/ExpressoPB – 09/06/2023 

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