Ameaça global! entenda o que é o Candida auris, superfungo que ameaça a saúde e tem casos confirmados em estado vizinho da Paraíba

Publicado em domingo, junho 4, 2023 · Comentar 


A confirmação de casos de contaminação por Candida auris em Pernambuco tem colocado em estado de alerta a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). A preocupação é de que o fungo, que tem alta resistência a tratamentos e pode ser fatal, se espalhe rapidamente nos ambientes de saúde em que os casos foram confirmados e cause um surto — o que fará de Pernambuco um problema de saúde pública.

“Ameaça global”

“Esse é um grande problema de saúde pública e muitas vezes, em caso de surto, os hospitais precisam fechar as portas para controlá-lo”, disse a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas ao Correio Braziliense. . Não é para menos: a especialista conta que a Candida auris é uma “ameaça global” por ser “muito resistente aos tratamentos” e a quase todos os medicamentos, além de propiciar doenças mais graves em pacientes hospitalizados.

Segundo a Anvisa, há uma força-tarefa montada para estes casos e a investigação epidemiológica é coordenada pela rede Cievs, que reúne os centros de informações estratégicas em saúde, ligados ao Ministério da Saúde e à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.

Pernambuco confirma mais 2 casos e sobe para 6 número de pacientes com Candida auris em 2023

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais dois casos do superfungo Candida auris em Pernambuco. Com isso, o número de pessoas infectadas em 2023 no estado subiu de quatro para seis.

Os novos pacientes são uma idosa de 70 anos, que ficou internada por nove dias e já recebeu alta do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, e um homem de 51 anos, que está no Hospital Tricentenário, em Olinda.

Transmissão

A Candida auris é um fungo que pode causar infecções invasivas, além de ser multirresistência a fármacos comumente utilizados para tratar infecções por Candida.

A Anvisa explicou, em alerta emitido em 2017, que ainda não se sabe ao certo como o fungo se transmite dentro de uma unidade de saúde. A princípio, estudos apontam que a transmissão pode ocorrer por contato com superfícies ou equipamentos contaminados e de pessoa para pessoa.

Quais são os sintomas dessa infecção?

O primeiro caso registrado da presença desse fungo no organismo humano estava relacionado a uma infecção no ouvido.

Por outro lado, também há casos manifestados no sistema respiratório ou associados a infecções urinárias e dores na bexiga.

Assim, não se sabe exatamente quais são as áreas do organismo afetadas pelo fungo Candida auris, mas é possível identificar alguns dos principais sintomas da infecção.

Entre eles, estão:

Febre;

Tontura;

Alteração da pressão arterial;

Dificuldade para respirar;

Aceleração do ritmo cardíaco.

Quem está mais propenso ao fungo Candida auris?

A transmissão desse superfungo costuma ocorrer em ambientes hospitalares, quando o paciente encontra-se em recuperação após procedimentos cirúrgicos.

Pacientes que fazem uso prolongado de antibióticos também estão mais propensos à ação do fungo, uma vez que, em excesso, esses medicamentos podem eliminar bactérias capazes de combater a entrada do Candida auris.

A transmissão em ambientes hospitalares também é motivada pela capacidade do fungo de aderir aos equipamentos médicos e proliferar-se em itens de uso cotidiano nesses locais, como o cateter venoso central.

Por isso, a atenção deve ser redobrada para pessoas que estão em recuperação nos hospitais e também para pacientes de doenças crônicas ou outras condições que prejudiquem o sistema imunológico.

Há tratamento?

O tratamento para a condição causada pelo fungo ainda é uma questão a ser debatida pelos especialistas, tendo em vista a resistência do Candida auris aos antifúngicos mais utilizados em contextos como esse.

Para aumentar as chances de sucesso do tratamento, é comum que as doses dos medicamentos sejam aumentadas de acordo com a necessidade apresentada pelo organismo do paciente e sua recepção em relação aos antifúngicos.

De modo geral, procura-se tratar o quadro com antecedência, de modo que seja possível impedir a proliferação do fungo na corrente sanguínea, o que pode gerar uma infecção generalizada.

Redação/Polêmica Paraíba

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