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Nesta sexta-feira (31), viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra uma menina autista sendo vítima de bullying no pátio do Colégio Estadual Flávio Ribeiro de Rezende, na cidade de Natividade, interior do Estado do Rio de Janeiro.
Nas imagens, vemos a agressora ridicularizando a vítima, que está sentada. A menina autista, que se chama Vitória, tem seus cabelos puxados, enquanto outras adolescentes riem e filmam a situação. A vítima demonstra muito incômodo com o bullying, reage às tentativas de agressão e chora. Além de ser portadora de transtorno do espectro autista (TEA), Vitória também é órfã.
A cena causou revolta entre os moradores da pequena cidade de 15 mil habitantes e acabou viralizando nas redes sociais. A partir daí, o assunto rendeu uma hashtag, a #justiçaporvitoria, que dominou os Trending Topics do Twitter. Até mesmo um perfil no Instagram foi criado para pedir justiça pela adolescente. Em poucas horas, a página @estamoscomvitoria conquistou mais de 21 mil seguidores.
A página no Instagram, descrta como um “movimento de luta contra todo e qualquer tipo de preconceito”, exibe fotos e vídeos de um protesto realizado na manhã desta sexta-feira, quando centenas de adolescentes e adultos foram às ruas de Natividade para pedir justiça para Vitória. Eles desfilaram com cartazes que destacam a importância do combate ao bullying.
“Quase 100% da população da região está abismada com tudo isso. Agora há pouco, os pais de uma das meninas publicou um vídeo em rede social em que reconhecem o erro da filha e pedem desculpas”, disse Vanderson Garcia, repórter da rádio Natividade FM, ao site Pragmatismo Político.
Segundo Vanderson Garcia, a adolescente vítima de bullying perdeu os pais e faz tratamento em uma instituição do município voltado para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).
“A mãe dela faleceu, a avó também faleceu e quem cuida dela é a vizinha da avó. O pai dela tem problemas de saúde. A vitória é autista, então olha só quantos traumas essa criança vem tendo. Justiça, só isso”, escreveu uma internauta.
Redação/ Pragmatismo Político via Psicologias do Brasil
Fotos: Reprodução/Redes sociais
