Professora tampa boca de aluno de 11 anos com fita adesiva para impedi-lo de falar na aula

Publicado em sábado, março 25, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução

Uma professora de inglês da Carolina do Norte pediu demissão depois de ter sido acusada de fechar a boca de um aluno de 11 anos, com várias camadas de fita adesiva. Aparentemente, o estudante da sexta série, da escola Smithfield, no condado de Johnston, falava demais durante a aula, o que irritou a professora.

A mãe recebeu a foto do filho, que teve a boca tampada pela professora com fita adesiva — Foto: Reprodução/ Facebook

A mãe recebeu a foto do filho, que teve a boca tampada pela professora com fita adesiva — Foto: Reprodução/ Facebook

A mãe do aluno, Catherine Webster, afirmou que recebeu uma mensagem de texto de seu filho Brady, em fevereiro, dizendo: “Não sei o que fazer”. Junto da frase, o menino mandou uma foto em que ele estava com várias camadas de fita adesiva resistente de cor azul coladas em sua boca durante a aula.

Horrorizada com a imagem, embora reconheça que o filho é mesmo “tagarela” e “tenha uma tendência a fazer palhaçadas”, Catherine postou a foto em seu Facebook para trazer à tona o que tinha acontecido entre o menino e a professora.

A professora, que não é americana e sua nacionalidade não foi revelada, começou a trabalhar na Smithfield em agosto do ano passado, segundo informações do Daily Mail. Depois que o episódio com a fita adesiva se tornou público, ela pediu demissão e, segundo o jornal, teria perdido o visto, o que significa que não poderia mais trabalhar nos Estados Unidos.

A mãe, Catherine, ficou ainda mais idignada porque nunca tinha nem conversado com a professora sobre o comportamento do filho — Foto: Reprodução/ Facebook

A mãe, Catherine, ficou ainda mais idignada porque nunca tinha nem conversado com a professora sobre o comportamento do filho — Foto: Reprodução/ Facebook

Para a mãe, o caso deveria “servir de exemplo” para outros professores e cuidadores que possam estar “andando na linha tênue [entre seu papel e o abuso]. Catherine disse que nunca se encontrou com a Sra. Felix ou recebeu algum comunicado ou e-mail dela. Segundo a mãe, Brady não teria sido o único a passar pela punição abusiva, que teria acontecido com “pelo menos três alunos”. “Aparentemente, eu deveria ter me reunido com ela várias vezes, para podermos trabalhar em conjunto no intuito de corrigir o comportamento do meu filho, Brady, na sala de aula”, escreveu, preocupada. “As notas dele eram boas, então, eu não tinha motivos para acreditar que algo estava errado porque ela nunca me procurou”, conta.

A mãe de três filhos disse que outros professores afirmaram que Brady se dava bem com as pessoas e que ele é um menino que “gosta de entreter seus colegas de classe”. “Ele tem uma tendência a fazer palhaçadas, ser perturbador e falar demais”, admitiu Catherine. “Eu sou uma pessoa razoável e uma mãe bastante rigorosa, sem tolerância para desrespeito e uma compreensão de que os professores não têm tempo para interrupções repetitivas, então, eu também disciplino Brady em casa quando isso acontece”, afirma.

Depois de receber a mensagem de texto de seu filho, que disse ter se sentido “humilhado” com a experiência, Catherine disse que não conseguiu conter o choque e a decepção. Ela disse que outros professores comunicaram suas preocupações sobre o comportamento de Brady e, com a ajuda dela, encontraram soluções para minimizar os problemas durante as aulas. “Esses professores tiveram que redirecionar ou corrigir esse comportamento e sempre me enviaram e-mails ou ligaram para me avisar”, disse ela, na rede social.

“Eles fazem com que ele tenha um lanche silencioso ou o deixam longe dos amigos por certos períodos. Em alguns casos, usam até formas de punição mais sérias, mas aceitáveis. Eles nunca colocaram a mão em Brady”, diz a mãe.

Ao falar sobre a professora de inglês, ela pontuou que, em vez de abordar suas preocupações com os pais, a Sra. Felix resolveu resolver o problema por conta própria. “Ela tem feito isso por alguns meses com várias crianças e, de acordo com meu filho, um detetive do departamento do xerife do condado de Johnston, e outros colegas de classe, ela também já chegou a prender os pulsos dos alunos com fita adesiva”, disse Catherine. Segundo a mãe, era uma atitude contínua na aula dela e nunca havia comunicação com os pais sobre o comportamento dos alunos.

Catherine afirmou no post que a professora de seu filho havia dito aos detetives que investigavam o incidente que foi algo “engraçado” e que “as crianças riram quando aconteceu”. “Talvez, ele tenha rido, parado na sala de aula dela, na frente de 20 e poucos colegas, enquanto ela passava tira após tira após tira (parece ser 10-12 camadas) de fita adesiva azul em mais da metade de seu rosto”, disse a mãe.

Depois de ver a imagem, Catherine disse que ligou imediatamente para a escola. “Podemos confirmar que sempre que tais alegações surgem, nossa administração responde rapidamente, investigando os episódios e, às vezes, removendo funcionários das salas de aula, aguardando a conclusão de uma revisão completa”, disse a escola, em uma declaração à Fox.

A polícia também fez investigações depois de receber acusações parecidas, de vários outros pais. No entanto, segundo o Gabinete do Xerife, não havia evidências suficientes para justificar uma acusação de agressão.

“A professora, cujo contrato foi prejudicado por este incidente, retornará ao seu país, pois não pode mais lecionar aqui”, escreveu Catherine, em seu post. “Não sei que tipo de ação disciplinar é preciso para desqualificar um professor de permanecer nesses contratos, mas lamento que ela não seja um exemplo”, disse.

“Acho que todos nós sabemos que é muito fácil para os professores maltratarem e até mesmo abusarem dos alunos em uma sala de aula, serem demitidos de seu distrito (ou, neste caso, pedir demissão, uma vez colocado de licença e denunciado) e depois conseguirem outro emprego como professor no próximo município ou estado”, opinou a mãe do aluno. “Então, em que momento comportamentos como esse são investigados e punidos, a ponto de um professor não poder repetir o padrão em outras crianças em outros lugares?”

“Eu amo e apoio fervorosamente nossos professores. Tento fazer parceria com os professores de meus filhos, embora seja mais difícil à medida que crescem, porque os professores têm mais alunos e menos tempo para dedicar a cada família”, afirmou. “Este post não é um golpe para os professores em geral, apenas para um professor. Em todas as profissões, você sempre encontrará algumas maçãs podres. Mas elas não estragam todo o grupo”, finalizou.

Redação/Revista Crescer

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