Operação no Salgueiro, RJ, deixa ao menos 11 mortos, entre eles Leo 41, chefe do tráfico no Pará

Publicado em quinta-feira, março 23, 2023 · Comentar 


Operação de Bope, Core e policiais do Pará mirava Leonardo Costa Araújo e outras lideranças de facção criminosa que aterroriza a Zona Oeste do Rio. Há relatos de duas mulheres feridas.

Uma operação das polícias Civil e Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, deixou ao menos 11 mortos nesta quinta-feira (23), segundo a Polícia Militar.

Duas mulheres, de 53 e 62 anos, ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Estadual Alberto Torres. O quadro delas é estável. Um dos mortos era o alvo principal da ação, Leonardo Costa Araújo, o Leo 41. O traficante de 37 anos é apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará e estava foragido desde 2019 (leia mais abaixo).

A identificação dos outros mortos não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem.

Segundo a polícia, Leo 41 é um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram, desde 2021, vários agentes de segurança pública no estado do Norte do país.

polícia também busca outros chefes do Comando Vermelho do Rio que orquestraram e participam da guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto. Há mandados de prisão e de busca e apreensão.

Cinco blindados e dois helicópteros deram apoio à ação, que não havia sido concluída até a última atualização desta reportagem e contou com 80 homens da Subsecretaria de Inteligência (RJ); do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar; da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil; e policiais do Pará.

Segundo moradores, os tiroteios aconteceram principalmente nas regiões de Itaoca e Palmeiras. Escolas municipais e os postos de saúde 1 e 2, no bairro Palmeiras, foram fechados. Ao menos dois fuzis foram apreendidos, por PMs.

Escondido em comunidades do RJ

Segundo a investigação, Leo 41 assumiu a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.

Desde então, de dentro das comunidades do Grande Rio, coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa.

Desde que assumiu o comando, o traficante vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade, patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de comerciantes, jogos de azar, provedores de internet.

Leo 41 já foi indicado por seis crimes, incluindo latrocínio, e era investigado em outros 15.

Redação/ G1 

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