Até o momento o presidente Lula ainda não assina a MP que uma vez publicada no Diário Oficial da União instituiria o valor de R$ 1.320 como novo salário mínimo no Brasil.
Por isso, até aqui, segue em vigor o valor de R$ 1.302 proposto pelo então governo Bolsonaro.
O aumento pode assustar empreendedores, sobretudo os pequenos, por verem a folha dos colaboradores ser inchada já no início do ano.
Então, como é que medidas podem ser adotadas na perspectiva de transpor essa possível dificuldade? A resposta foi dada pelo especialista em neurolinguística e também mentor empresarial Gustavo Medeiros.
“É preciso entender inicialmente que o aumento não só eleva a minha folha de custos. Ele eleva também o poder de compra dos meus clientes. E como isso pode me impactar positivamente? Simplesmente pelo fato de que com isso as pessoas tendem a comprar mais”, explicou.
Porém, Gustavo aponta que o desarranjo que pode acontecer nas finanças de um empreendimento mediante um aumento de custos com colaboradores muitas vezes já é consequência de outras medidas erradas.
“A condução do negócio já não vem lá essas coisas e mesmo com as datas comemorativas de fim de ano não foi possível aumentar a receita? Lógico que esse aumento pode ser um agravante bem maior na situação”, disse.
Então, também conforme ele, é preciso entender que apesar das dificuldades de empreender no país, a concessão de um maior salário pode ser encarada como uma das tão faladas chances de aumento dos ganhos de uma empresa.
“Aí vem o que sempre falo: campanhas arrojadas e estratégias bem definidas. Tem gente querendo comprar mais? É minha chance. Vou me planejar para usar isso como uma oportunidade de crescimento e não apenas enxergar que esse aumento do salário vai inchar minha folha de custos”, finalizou.
Gustavo Medeiros é formado em Administração pela Faculdade Estácio de Florianópolis e Master em Programação Neurolinguística (PNL), com experiência de 18 anos no comércio varejista, passando por gestões de marketing, estratégica e comercial. Também é especialista em Psicodinâmica do mundo dos negócios, analista comportamental e com especialização em psicanálise em curso. Hoje atua mais fortemente nas áreas de consultoria e treinamentos, sobretudo em gestão de clínicas do mercado estético, mas também de consultórios odontológicos.
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