Muito se fala em gastos exorbitantes das prefeituras com eventos e atrações nacionais e não são poucas as “denúncias” aqui e alhures de que o dinheiro público é torrado sem critério algum nesses eventos.
Recentemente a prefeitura de Cacimba de Dentro, no curimataú da Paraíba, desembolsou valor alto em cachê para artistas em festa de aniversário da cidade; Sertãozinho é a bola da vez por gastar meio milhão de reais com atrações para festa de Reis que vai acontecer em Janeiro de 2023.
No São João, a cidade de Santa Luzia e Bananeiras foram alvo das críticas por pagar R$ 900 mil ao sertanejo Gustavo Lima para se apresentar nesses municípios.
Nada contra a essas contratações, desde que elas não atrapalhassem a execução de outros serviços essenciais para atender a população. Quando esses gastos com festas e eventos se tornam a máquina de moer as finanças dos pequenos municípios é aqui que a porca torce o rabo.
Não são poucas as noticias de que gestões pelo estado afora oferece má atendimento na saúde, populações inteiras sofrem com a falta de água; em outros municípios a iluminação pública é deficitária, a merenda escolar é de péssima qualidade. Em determinados locais as dívidas com fornecedores só aumentam porque o dinheiro é canalizado para garantir o pagamento das festas e suas atrações, mantidas como forma de entreter a população enquanto sofre suas necessidades.
O problema quando se faz festa como as que ocorreu em Santa Luzia, Campina Grande e outras, a exemplo de Sertãozinho, é que o dinheiro que sobra para bancar a farra, falta para serviços básicos da municipalidade e isso é intolerável.
Editorial
ExpressoPB