Em relação a 2020, quando a taxa era 3,7 pessoas a cada 100 mil habitantes, houve um aumento de 4.881%.A taxa de pessoas que morreram, desapareceram ou ficaram feridas em desastres ambientais foi de 184,3 pessoas a cada 100 mil habitantes no ano de 2021, na Paraíba. Os dados são do relatório “Crianças, adolescentes e mudanças climáticas no Brasil”, divulgado nesta quarta-feira (9), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O indicador considera como pessoas diretamente afetadas as que ficaram feridas, doentes, desabrigadas ou desalojadas.
Em relação a 2020, quando a taxa era 3,7 vítimas a cada 100 mil habitantes, houve um aumento de 4.881%.
Em todo o Brasil, a taxa de 2021 foi de 1.032,8 pessoas para 100 mil habitantes. Também houve alta em relação ao ano anterior em âmbito nacional, sendo de 18,22%.
Há uma tendência de aumento no número de vítimas de eventos catastróficos no país, de acordo com o levantamento, com aumento expressivo entre 2020 e 2021.
Em 2022, um reservatório de água rompeu em Pocinhos, Agreste da Paraíba, e fez com que quatro casas fossem levadas pela água. Várias famílias ficaram desalojadas e foram abrigadas em escolas da cidade.
Ainda no mês de maio deste ano, muitas famílias ficaram ilhadas no município de Rio Tinto, na região Metropolitana de João Pessoa, e precisaram se deslocar com barcos. Por conta da dificuldade de locomoção, as aulas foram suspensas na cidade.
Também em maio de 2022, fortes e longas chuvas deixaram 14 famílias desalojadas em Campina Grande. A água invadiu o interior e o quintal das casas, assim como também deixou as ruas alagadas. As famílias ficaram acordadas de madrugada tentando salvar objetos e outros pertences pessoais que, na maioria dos casos, foram perdidos.
O relatório do Unicef aponta um estudo que estima que, de 18 capitais brasileiras, em pelo menos 10 é possível afirmar que uma parte do número de mortes relacionadas ao calor, entre os anos de 1997 e 2011, pode ser atribuída às mudanças climáticas causadas pela humanidade.
Com foco na saúde pública, as mortes e os casos mais graves causados por desastres acontecem imediatamente após o evento, nas horas ou até mesmo nos dias seguintes.
Já ao longo das semanas e dos meses seguintes, são registradas doenças consequentes de desequilíbrios ambientais, como leptospirose e zika.
Existem também registros de altas nas taxas de doenças crônicas e cardiovasculares, de desnutrição e de transtornos psicossociais e comportamentais por anos após um desastre.
Da Redação
Com G1 Paraíba