
O eletricista Márcio Cesar Costa, de Curitiba, está desempregado desde 2021 e, diariamente, luta para conseguir manter a comida na mesa para ele, a esposa e quatro filhos. A informação é do G1.
Nesta segunda-feira (4), ele disse que a refeição da família foi arroz, feijão e “vina”, mas, emocionado, lembrou que não é sempre que eles têm o que comer.
A realidade que ele e a família enfrentam não é um caso isolado.
A pesquisa 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, divulgada em junho, analisou a insegurança alimentar durante a pandemia no Brasil e concluiu que a qualidade da alimentação caiu para muitos moradores da região Sul, assim como em todo o país.
A pesquisa foi realizada nos 26 estados e no Distrito Federal, com entrevistas feitas em mais de 12 mil casas. O levantamento foi feito entre novembro de 2021 e abril de 2022.
Nas regiões Sul e Sudeste, a população com segurança alimentar, ou seja, aquela que tem acesso permanente a alimentos de qualidade, caiu de 2020 para hoje.
População em segurança alimentar:
- 2020: 65,6 milhões
- 2021/2022: 57,7 milhões
A pesquisa também mostrou que, entre os períodos analisados, são 5 milhões de pessoas a mais com restrições na quantidade de comida, ou seja, pessoas que precisam pular refeições por falta do que comer. É a chamada insegurança alimentar moderada.
- 2020: 10,6 milhões
- 2021/2022: 15,8 milhões
Quando o recorte é sobre pessoas que passam fome, ou seja, em insegurança alimentar grave, número praticamente dobrou no Sul e no Sudeste: são 14 milhões de pessoas nesta situação.
- 2020: 7,4 milhões
- 2021/2022: 14 milhões
Com G1





