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O dólar abandonou perdas vistas mais cedo na sessão e chegou a registrar alta de 1% frente ao real na tarde desta terça-feira, acompanhando a ascensão da divisa norte-americana no exterior em meio a salto nos rendimentos dos títulos do governo dos Estados Unidos.
Às 14:57 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,92%, a 5,5782 reais na venda, e chegou a tocar os 5,5830 reais no pico da sessão, alta de 1,01%.
Com esse desempenho, a divisa ficava bem distante da mínima do pregão, de 5,5052 reais (-0,40%).
Na B3, às 14:57 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,11%, a 5,5935 reais.
A moeda norte-americana começou a ganhar fôlego ante o real a partir das 14h, em linha com os ganhos do dólar frente a uma cesta de seis rivais fortes. Às 14:57, o índice do dólar subia 0,61%, a 95,803, perto das máximas da sessão.
Impulsionando o dólar globalmente, o rendimento do Treasury (título norte-americano) de dez anos –referência global para decisões de investimento– saltava 8,50 pontos-base, a 1,8573%, rondando seus patamares mais elevados desde janeiro de 2020.
Segundo participantes do mercado, o rali era fruto do aumento nas apostas de que o banco central norte-americano, o Federal Reserve, será mais duro no combate à inflação ao longo de 2022. Contratos futuros de juros precificam quatro elevações nos custos dos empréstimos neste ano na maior economia do mundo, com início desse ciclo já em março.
Juros mais altos nos EUA tendem a tornar a renda fixa de mercados emergentes –com maior rendimento, porém mais arriscada– menos atraente para investidores estrangeiros.
