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Os deputados presentes na comissão da manhã desta terça-feira (23/11) na Câmara, convocada para que o ministro Paulo Guedes (Economia) dê explicações sobre as empresas mantidas em paraíso fiscal, deram um tom de jogo de futebol à sessão.
Chamado de “Posto Ipiranga” pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), enquanto o atual governo ainda estava em campanha, Guedes ganhou novos apelidos e foi pressionado pela oposição.
O deputado Sanderson (PSL-RS), por exemplo, disse que o ministro é o “Ronaldinho da economia do mundo”. “O papel da oposição é atacar, é jogar pedra”, afirmou.
Já Rogério Correia (PT-MG) comentou que Guedes usou suas contas no exterior para fugir da receita. “Agora o senhor foi pego com a boca na botija sonegando imposto”.
Fernanda Melchiona (PSol-RS) lembrou que a offshore tem recursos em moeda estrangeira, e que a desvalorização do real valoriza o investimento no Brasil. “Por favor, como é que não tem conflito de interesse? Mesmo que não fosse ilegal, e aqui obviamente é ilegal, seria indecente, imoral o senhor ser beneficiado pela política monetária que o senhor defende”, frisou.
Guedes negou que a offshore é ilegal e explicou a situação com o dólar. “A ideia de que estou especulando com o dólar subindo ou caindo não existe. Quem tem um pouco de dólar, na verdade, protegeu um pedaço dos seus recursos, mas não escapou da perda patrimonial”, afirmou.
Diante disso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu o patrimônio de Guedes. “São 30 anos de sucesso na vida privada e isso incomoda muita gente. A maior acusação que eu ouvi aqui foi indicando que ao senhor é uma pessoa de sucesso”, disse.
Da redação/ Com Metrópoles
