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Fiocruz diz que vacinas supostamente vencidas não foram produzidas pela instituição

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disse, nesta sexta-feira (2), que as doses da vacina AstraZeneca que teriam sido aplicadas vencidas não foram produzidas pela instituição.

Nesta sexta-feira (2), o jornal Folha de São Paulo divulgou um levantamento que revela que cerca de 26 mil doses da AstraZeneca, de lotes com prazo de validade expirados, teriam sido aplicadas em 1.532 municípios brasileiros.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que não distribuiu vacinas vencidas contra a Covid-19.

Já a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) se manifestou negando a aplicação de doses vencidas da vacina AstraZeneca na Capital. Veja a situação de outros municípios do Estado.

DENTRO DA VALIDADE

Conforme a Fiocruz, todas as doses do imunizante importadas da Índia foram entregues pela Fundação em janeiro e fevereiro deste ano, no prazo de validade e em concordância com o Ministério da Saúde, “de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia”.

“A Fiocruz está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida”, acrescentou a instituição.

ANVISA

Também em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não recebeu pedido de análise sobre a ampliação do prazo de validade das vacinas ou foi consultada sobre a aplicação do produto fora do prazo definido na bula.

“Vacinas com prazo de validade expirado não têm garantias de eficácia e segurança”, frisou.

CONSELHOS INVESTIGARÃO VENCIMENTO DE VACINAS

Por meio de nota conjunta na noite desta sexta-feira (2), os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) afirmaram que todos os casos relativos à aplicação de vacinas fora da validade serão investigados.

Conforme o testo, a possibilidade de erro no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização não está descartada. As entidades apontam que os dados apresentam instabilidade desde o início da campanha de imunização contra a Covid-19 no Brasil.

“O número de casos identificados corresponde a 0,0026% de todas as doses aplicadas no País, sendo necessárias ponderação e investigação quanto à aplicação das doses e preenchimento das informações”, diz nota.

O Conass e Conasems informa ainda que “a ação de Estados e Municípios visa dar rápida resposta à sociedade brasileira” e pontuaram que os vacinadores de municípios brasileiros  “adotam as boas práticas de vacinação, dentre as quais, a checagem do prazo de validade”.

Da redação/ Com Diário do Nordeste

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