Covid: com 51% das novas mortes no Sudeste, país ultrapassa 74 mil óbitos

Publicado em terça-feira, julho 14, 2020 · Comentar 


O Brasil teve contabilizadas nas últimas 24 horas 1.341 novas mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Desse número, a região Sudeste foi responsável por 51%, mais da metade dos registros de óbitos. Foram 682 no período.

A alta taxa é impulsionada em parte pelo segundo maior número de registros de óbitos em São Paulo, com 417, o que eleva a 18.324 a soma de vítimas no estado.

A segunda região com mais notificações de mortes hoje foi o Nordeste, com 299, representando 22% do total. O Centro-Oeste contabilizou 150 óbitos (11%), enquanto o Sul registrou 139 (10%) e o Norte, 71 (5%).

O total de vítimas da covid-19 chegou agora a 74.262 em todo o país, sendo 45% delas no Sudeste. Também foram contabilizados de ontem para hoje mais 43.245 casos da doença, o que faz o acumulado de infectados chegar a 1.931.204.

Balanço do governo aponta pior dia em três semanas

O Ministério da Saúde informou hoje que somou nas últimas 24 horas 1.300 novas mortes por coronavírus em todo o país. Foi o dia com maior registro de óbitos em três semanas desde as 1.374 reportadas no dia 23 de junho. Com isso, o total de vítimas chegou a 74.133 desde o início da pandemia.

Ao passar a contabilizar hoje 41.857 novas infecções, o país se aproxima do marco de 2 milhões de brasileiros já contaminados e tem, atualmente, 1.926.824 casos confirmados.

Ainda segundo o ministério, o Brasil já teve 1.209.208 pacientes recuperados, e outros 643.483 seguem em acompanhamento atualmente.

Brasil pode se tornar ‘laboratório’ de vacinas

Duas das vacinas mais promissoras contra o coronavírus estão sendo testadas no Brasil. Com quase 2 milhões de infectados, país pode se tornar um grande laboratório contra o coronavírus.

A primeira candidata a vacina contra a covid-19 na fase clínica 3 é a AZD1222, desenvolvida pela Universidade de Oxford em cooperação com a empresa farmacêutica britânica AstraZeneca. A segunda, Coronavac, vem da empresa chinesa de biotecnologia Sinovac.

Oficialmente, o fim dos testes clínicos está agendado para setembro de 2021, mas a eficácia da vacina já poderá ser prognosticada através dos resultados provisórios preliminares, de acordo com Dimas Covas, do Instituto Butantan.

“Se os testes em voluntários forem finalizados até outubro, podemos concluir os resultados sobre a eficácia até o fim do ano. Isso significa que poderíamos começar a usar a vacina no início do ano que vem”, disse Covas.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Da redação/ Com UOL

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