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“O líquido dos corpos em decomposição vai sendo derramado nas ruas”, conta brasileiro em Guayaquil

Um engenheiro brasileiro que mora na cidade de Guayaquil, no Equador, fez um um vídeo mostrando urubus sobrevoando a cidade e relatou o clima que vive por conta da pandemia do novo coronavírus.

“Vejo urubus no céu de Guayaquil e à tarde a fumaça dos corpos sendo queimados em um dos cemitérios da cidade. Agora, estou vivendo em um filme de terror, apocalíptico”. disse o engenheiro que não quis se identificar, em entrevista ao G1.

“Os relatos de pessoas mortas nas ruas que vocês estão recebendo [no Brasil] são verdadeiros… O líquido dos corpos em decomposição vai sendo derramado nas ruas, infectando tudo. O mau cheiro é insuportável”, conta o brasileiro.

O município de 2 milhões de habitantes se tornou o epicentro da pandemia no país. São 4 mil pacientes com a doença Covid-19 e hospitais superlotados antes mesmo de atingir o pico no número de infectados. O colapso da pandemia é tanto que famílias informam que não conseguem localizar parentes que estavam internados e morreram.

O sistema funerário também entrou em colapso. Cadáveres demoram a ser recolhidos e há corpos abandonados em vias públicas.

A prefeita Cynthia Viteri afirmou que “não há espaço nem para vivos, nem para mortos” nos hospitais e cemitérios da cidade.

Com 17,4 milhões de habitantes, o Equador registra oficialmente mais de 7,8 mil casos do novo coronavírus e 388 mortes confirmadas por coronavírus, segundo a universidade americana Johns Hopkins. No entanto, a falta de testes para detectar a Covid-19 deixa mais 1000 mortes consideradas suspeitas sem confirmação.

Da Redação 
Com Brasil 247

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