‘Governo Bolsonaro é uma confusão generalizada’, diz Haddad

Publicado em quinta-feira, outubro 24, 2019 · Comentar 


O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP), afirmou que o governo de Jair Bolsonaro “faz muito barulho contra si próprio. Ele vive da instabilidade”, em entrevista ao site UOL e ao jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda (21).

“Não há política organizada em torno de ideias. Há uma confusão generalizada que ganha repercussão nos meios de comunicação”, diz. Segundo ele, Bolsonaro não toma providências sobre a situação, em vez disso, acusa ONGs, Papa e Venezuela.

Para Haddad, a direita foi aniquilada durante o processo eleitoral e teria surgido uma pessoa sem projeto, com visões incongruentes. Mas o professor da USP e ex-prefeito, enxerga nas avaliações do governo, que há “muita gente acordando e percebendo que estamos em dificuldades, que temos um desgoverno”.

Na visão do segundo colocado nas últimas eleições presidenciais, Bolsonaro dialoga com “minorias apaixonadas”, “pessoas que não têm apreço à democracia” e que “gostariam de ver o país submetido a uma nova ditadura”.

Também, segundo Haddad, Bolsonaro teria uma base de apoio fundamentalista, um grupo que concorda com a democracia, mas deseja um estado teocrático, “com valores religiosos em tudo”.

No governo, haveria um ” quarteto fantástico fundamentalista “, de acordo com Haddad. Do qual fariam parte os ministros Damares Alves (Mulher e Direitos Humanos), Abraham Weintraub (Educação), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Haddad também enxerga no ministro da Justiça Sergio Moro e nos militares um grupo de amantes do mercado, “gente que não tem nenhum apreço pela democracia, e quer saída autoritárias para crise”.

 

Da Redação 

Com Último Segundo – iG

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