Ouça: Haddad defende candidatura de Ricardo e reaproximação com João

Publicado em quarta-feira, outubro 16, 2019 · Comentar 


Ex-ministro dos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, o professor e advogado Fernando Haddad (PT) concedeu uma entrevista na manhã desta quarta-feira, 16, à Rádio Jovem Pan João Pessoa. No Jornal da Manhã ele elogiou Ricardo Coutinho, disse que torce e trabalha pela reaproximação política entre o ex-governador e o atual, João Azevedo, e deixou claro que o PT apoiará uma provável candidatura de Ricardo à prefeitura de João Pessoa.

JOÃO X RICARDO – “Temos um problema de natureza política a ser superado na Paraíba e espero que o governador e o ex-governador possam voltar a estar juntos muito rapidamente em harmonia para que possamos pensar o futuro da Paraíba e do Nordeste para manter a linha desenvolvimento iniciada nos últimos 20 anos. Lula iniciou uma revolução vigorosa na região e não podemos perder isso de vista em nenhum estado do Nordeste. Temos que deixar de lado as questões menores e colocar o interesse do Nordeste em primeiro lugar. Isso vale para todas as capitais”.

UNIÃO DAS ESQUERDAS NA PARAÍBA – “Eu participei da campanha de João [Azevedo] que também me apoiou na Paraíba. Ricardo é uma liderança extraordinária e um amigo de longa data. No que depender de mim e do PT vamos concorrer para que tudo esteja em paz e que nós possamos fazer uma grande campanha. É óbvio que estamos a um ano do pleito e temos trabalho pela frente, mas nossa disposição é de ajudar. Ricardo teve uma postura digna nos piores momentos, quando a coisa apertou e reconhecemos que ele é um companheiro de muito valor”.

RICARDO X CALVÁRIO – “Uma pesquisa recente mostra que a população apóia o combate à corrupção, mas reconhece que há excessos indevidos. Não pode haver partidarização no combate à corrupção e uso da política no judiciário. Os promotores, delegados e juízes têm que se concentrar nos processos sem as paixões partidárias porque de repente um juiz a favor do Bolsonar pode condenar um réu que é oposição a Bolsonaro por questões ideológicas como aconteceu com Sergio Moro. O combate à corrupção não pode ser instrumento para fazer política, então o Moro vai ser julgado pelo STF porque usou o combate à corrupção para condenar Lula e tirá-lo da eleição, favorecendo Bolsonaro. Não é assim que funciona a Justiça no mundo. Quero crer que se tudo for de acordo com a lei, não tem problema. Todo homem público tem que ter sua vida exposta normalmente, mas com devem haver cautelas. Não podemos permitir que aconteça com ninguém o que houve com Lula”.

BOLSONARO, BIVAR E A PF – “Me causa estranheza o presidente estar avisado antes de operações sob sigilo. Um presidente não pode ter acesso a investigações sigilosas para evitar a mistura da política com a Justiça. Há exemplos no mundo de presidentes que estão usando a Justiça para perseguir seus adversários. Bolsonaro quer sair do PSL com o dinheiro do fundo eleitoral e faz uma operação para chegar onde ele quer politicamente? Se não gosto de um ex-governador, eu mando investigar? Porque eu quero achar pelo em ovo e perseguir? Numa democracia, fatos é que devem ser investigados e não pessoas. Os alvos são baseados em denúncias, evidências, fatos concretos porque se não vira um estado policial e não podemos admitir algo assim no Brasil”.

 

Da Redação 

Com Parlamento PB

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