Em crise com o PSL, Bolsonaro já passou por 8 partidos em 20 anos, Eduardo está criando novo partido prá levar o pai

Publicado em quinta-feira, outubro 10, 2019 · Comentar 


Em 20 anos de carreira política, o presidente Jair Bolsonaro já passou por oito partidos políticos. A carreira começou como vereador na cidade do Rio de Janeiro, em 1989, pelo Partido Democrata Cristão (PDC), onde ele ficou por apenas dois anos, já que foi eleito deputado federal para a legislatura 1991-1995. No meio do seu mandato, em 1993, Bolsonaro foi um dos fundadores do Partido Progressista Reformador (PPR), que foi o produto de uma fusão entre a antiga sigla de Bolsonaro, o PDC, com o Partido Democrático Social (PDS).

No PPR, Bolsonaro ficou até agosto de 1995, quando estava no começo de seu segundo mandato como deputado federal. Ele deixou a sigla por causa de uma nova fusão: a de seu partido com o Partido Progressista (PP). Os dois geraram o Partido Progressista Brasileiro (PPB), pelo qual o ex-militar se filiou. No PPB, ficou este mandato e o seguinte — seu terceiro. Começou o quarto mandato em 2003, quando trocou de partido novamente. Desta vez, para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Pelo PTB, ficou até o início de 2005, quando se filiou ao Partido da Frente Liberal (PFL). Mas, logo depois, deixou a sigla e acertou com o Partido Progressista (PP), que era a nova denominação de um de seus antigos partidos, o PPB.

Foi pelo PP que ele ficou mais tempo em uma sigla, de 2005 a 2016, mantendo sua sequência de mandatos como deputado federal. Ele pediu desfiliação 11 anos depois de seu início no partido porque tinha “sonhos políticos”, mas que não tinha condição de realizá-los no PP. Ele se referia a concorrer à presidência.

Ingressou no Partido Social Cristão (PSC) no mesmo ano. Um dos fatores que serviram como aprovação para a entrada do ex-militar na sigla foi nunca ter sido envolvido em denúncias de corrupção. Só que, com o decorrer do tempo, seu radicalismo desgastou a relação com outros dirigentes, o que o levou à desfiliação. Bolsonaro chegou a fazer um acordo inicial com o Patriotas (PEN), mas acabou fechando com o Partido Social Liberal (PSL), pelo qual foi eleito presidente.

CRIAÇÃO DE NOVO PARTIDO

A crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL pode levar o Brasil a ter um novo partido político. Sonho do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, o Conservadores quer atrair parlamentares e idealizadores que acreditem na moralidade cristã e na propriedade privada como princípios para a política no Brasil.

Em matéria publicada nesta quarta-feira (9) pelo jornal O Globo , a minuta da criação dos Conservadores é divulgada e aponta que o partido será fundado na “moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada”. A sigla ainda pretende ser uma voz para a liberdade da defesa individual e na defesa do porte de armas.

A ideia de Eduardo Bolsonaro em criar um partido próprio nasceu em 2018, quando o pai Jair Bolsonaro ainda não tinha se filiado ao PSL e procurava uma sigla para sair candidato a Presidente da República. Bolsonaro, que na época era filiado ao PSC, chegou a flertar com o PEN (que viraria Patriota justamente para abrigar o capitão reformado), mas acabou convcencido a ir para o PSL.

Temendo que não alcançasse um partido que defendesse realmente as causas de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro começou a falar com aliados para a criação do Conservadores. O sonho, porém, ficou na gaveta depois da filiação ao PSL.

Para criar um partido no Brasil é necessário reunir 101 fundadores de pelo menos nove estados diferentes da federação. Além disso, é preciso conseguir 500 mil assinaturas (correspondente a 0,5% do representado pela Câmara dos Deputados). Depois, é preciso escolher os diretores partidários de cada estado e apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral.

 

 

Da Redação

Com Último Segundo – iG

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