Manifestantes voltam às ruas em defesa de mais recursos para educação na Paraíba e no Brasil

Publicado em terça-feira, agosto 13, 2019 · Comentar 


Convocados por entidades sindicais e movimentos estudantis, professores, técnico-administrativos e estudantes participam hoje (13), em várias cidades do país, de atos contra o contingenciamento de recursos da educação, em defesa da autonomia das universidades públicas e contra a reforma da Previdência.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), há atos agendados em ao menos 170 cidades dos 26 estados, além do Distrito Federal. A manifestação nacional é uma continuidade da mobilização de maio, organizada em defesa da manutenção das verbas para o ensino superior. Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os contingenciamentos anunciados pelo governo afetam não só o ensino superior, mas também a educação básica, o ensino médio e programas de alfabetização.

De acordo com a UNE, os protestos também são contra a proposta do Ministério da Educação (MEC) de instaurar o programa Future-se, que, segundo a pasta, busca o fortalecimento da autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais. Para as entidades sindicais e movimentos estudantis, o projeto transfere atribuições dos governos para o mercado.

Com Agência Brasil

João Pessoa

Desde o início da manhã desta terça-feira (13), equipes de professores realizam ação de protesto no entorno do campus I da UFPB. Uma faixa presta foi estendida para simbolizar o luto da comunidade universitária e o repúdio aos cortes no orçamento, ao programa Future-se e à reforma da Previdência.

A atividade é preparatória para o grande ato público que está sendo organizado por entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais e ocorre à tarde, a partir das 14h. A concentração será no Lyceu Paraibano, depois os manifestantes seguirão em passeata até o Ponto de Cem Réis. Protestos semelhantes estão sendo realizados em todos os estados do país para marcar o Dia Nacional de Greve da Educação e em Defesa das Aposentadorias.

Os professores da UFPB aprovaram adesão ao movimento na rodada de assembleias que se iniciou na semana passada (nos campi de interior) e foi concluída nesta segunda-feira (12), com debates no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. A proposta de se juntar ao Dia Nacional de Greve e de paralisar por 24 horas as atividades na universidade foi aprovada por unanimidade.

Com WSCOM

Campina Grande 

Em Campina Grande além de protestar contra os cortes da educação os manifestantes também protestaram contra aprovação da Reforma da Previdência e em defesa da aposentadoria. O ato nacional foi nomeado de “Tsunami da Educação”.

Estudantes, professores, trabalhadores e representantes de movimentos sociais, se reuniram em diferentes pontos da cidade para sair em caminhada e se encontrarem na Praça da Bandeira, no Centro. O trânsito nas ruas foi bloqueado e liberado após a manifestação.

O ato teve início às 08h, com concentração em frente à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Por volta das 09h30, os participantes seguiram em caminhada até a Praça da Bandeira. Alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) também aderiram ao movimento.

Já os estudantes e professores do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) se reuniram em frente ao Teatro Severino Cabral e também participaram em direção ao Centro.

Representantes de movimentos e sindicatos tiveram direto a fala em um carro de som que ficou parado por algumas horas na praça. Novas manifestações devem acontecer nos próximos meses em todo país, tendo como base as medidas tidas como ‘perversas’ do Governo Bolsonaro.

Com PB Debate

 

Da Redação

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