Mulher com dois filhos adolescentes, estão desaparecidos, após sumirem com fugitivo da Cadeia de Solânea

Publicado em terça-feira, junho 25, 2019 · Comentar 


A moradora de Soledade, no Agreste da Paraíba, Ana Cristina de Oliveira, desapareceu no dia 18 de maio no próprio carro com dois filhos adolescentes. Ana está também com o namorado Allan Júnior Fernandes, um acusado de roubo e estelionato que se passou por delegado, construiu a relação com ela pelas redes sociais e desapareceu junto. O último contato que a motorista de transporte alternativo fez com a família foi no dia 5 de junho, por telefone.

A trama e as denúncias levou a Polícia Civil a investigar o caso. A suspeita é que Allan tenha induzido a namorada a realizar golpes com ele, ameaçando a vida dos filhos dela. Segundo a prima de Ana Cristina, Vilma Oliveira, ela falou com o pai e com uma amiga. Disse estar tudo bem, que estavam morando numa chácara em João Pessoa, mas que voltariam para casar no dia 31 de maio. Ela já tinha marcado a data do casamento.

Segundo a família de Ana, ela só soube que Allan era estelionatário e não delegado depois que sumiu com ele. Allan a conheceu nas redes sociais, curtia as fotos dela, comentava e se comunicava com ela pelo bate-papo. Disse à motorista que era delegado de Solânea, onde na verdade era preso por estelionato, mas com regalias de usar comunicação e sair à noite. Tudo está sendo investigado.

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O caso – Segundo Vilma, Ana foi buscar Allan no dia 17 de maio na cadeia de Solânia, porque ele disse estar de férias. Chegaram de meia noite em Soledade. No dia seguinte, antes de viajar, Ana foi a uma loja de Soledade e comprou uma roupa para Allan. Ao saírem de viagem, disseram que iam para João Pessoa e que voltariam na segunda-feira (20 de maio). Eles ficaram 15 dias se comunicando, enviando vídeos.

“Outra coisa que Ana fazia era ficar mandando a família arrumar casamento. Antes da quinta (26 de maio), nós falamos com ela, perguntamos se eles não viriam se casar, mas já desconfiando de muita coisa. Ela disse que ia para Curitiba (PR) para um enterro de uma avó de Allan, que estava doente e tinha morrido. No contato seguinte, eles iriam para São Paulo para um enterro de um irmão dele que teria se acidentado. Nós já estávamos bem desconfiados de tanta morte”, contou.

Dinheiro – Durante o desaparecimento, Allan disse que ia depositar um dinheiro para as despesas com o casamento. Dias depois, caiu R$ 800 na conta de um parente de Ana. Mas no dia 31 não apareceram. “Dia 1º de junho ainda falamos com os adolescentes. Dia 5, falamos com o menino no bate-papo, pedimos para ele fazer um vídeo, porque já estávamos bem desconfiados. O garoto não quis, mas o tio dele, irmão de Ana, pediu para ele fazer um áudio. A comunicação foi interrompida”, contou a prima de Ana.

Depois, no mesmo dia, ela ligou, nervosa, defendendo o companheiro sem ninguém o acusar de nada, até o momento. Mas ela disse que só voltariam na segunda (3). A mãe de Ana foi a última a falar com ela, na quarta (5). Mesmo assim, com todas as tentativas, a família toda sumiu, deletando os perfis das redes sociais e não mais ligando para ninguém da família de Ana.

Polícia – O delegado de Esperança, Danilo, está nas buscas, investigando o caso. Ele disse a uma prima de Ana, identificada por Cida, que Allan não tem o perfil de homicida, mas de estelionatário. “O delegado explicou que, o que pode estar acontecendo é uma extorsão com ameças de morte. Ele pode estar usando os filhos de Ana para chantageá-la, para ficar dando golpes com a ajuda dela. Para os meninos sumirem, Allan pode estar ludibriando-os com presentes.

Ana foi visitar uma tia no Rio de Janeiro, logo quando saiu da Paraíba. A tia contou ao delegado que ela pediu R$ 5 mil emprestado, mas como a tia não tinha, todos saíram às pressas. Antes de sair, Ana abraçou a tia muito apertado, como um sinal de que algo estaria errado. Depois desse contato, o casal e os filhos de Ana podem estar em São Paulo, de acordo com a Polícia. Qualquer informação sobre o paradeiro deles, pode ser denunciado anonimamente pelo 181. Já na Paraíba, o disque denúncia é o 197.

 

Da Redação 

Com Valdívia Costa/ PB Debate

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