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Eis que mais um final de ano chega a nossa porta e para encerrar nosso trabalho nesse ano que se finda escolhemos o artigo da escritora Aninha Ferreira, colunista da revista EXPRESSO, para se despedir de nossos leitores.
Aninha expressa bem tudo o que nossa equipe gostaria de dizer a nossos leitores, por isso oferecemos para leitura nessas poucas horas que nos resta desse ano e aproveitamos para agradecer a todos: leitores, parceiros e anunciantes.
GRATIDÃO, 2018!
Vitórias e Derrotas. Laços e Nós. Inícios e Fins. Recomeços. Amores e Rancores. Sorrisos e Lágrimas. Crenças e Frustrações. Solidariedade e Egoísmo. Arrependimentos e Gratidão. Evolução. Superação. O ano foi INTENSO. Desconfio de quem, pelo menos uma vez, não deu a chamada “surtada”, não sentiu na pele e/ou na alma os efeitos de um ano para lá de altos e baixos. Um ano eleitoral é sempre marcante, a campanha e as disputas pelo poder parecem fazer o ano encurtar, acelerar… e quando menos esperamos, passou, acabou. E só nos resta aceitar e seguir em frente. Para uns, um ano de partidas e cicatrizes: o filho que saiu de casa e nunca mais voltou; a mãe que não resistiu ao câncer; o marido que foi embora sem explicação; a gravidez que foi interrompida; o desemprego que chegou de malas prontas… Para outros, um ano de chegadas e boas notícias: a criança que nasceu e fez renascer; as oportunidades que surgiram; o negócio que deu certo; o amor que chegou; o “felizes para sempre” que finalmente aconteceu… enfim, cada um sabe as dores e delícias que o dois mil e dezoito trouxe.
Os planos feitos no réveillon, as tantas promessas e desejos, nem tudo foi realizado ou aconteceu conforme imaginamos. O que é natural diante da “caixinha de surpresas” que é a vida. As mudanças de caminhos mudaram também os pedidos a Deus. Muita coisa foi ficando pelo caminho, muita gente se perdeu e ganhou grandes dores de cabeça. Quantos arrependimentos? Quantas vezes foi dito: “Que esse ano acabe logo!”. É que nos esquecemos que o ano não é responsável pelo que não deu certo, mas nós mesmos, de uma maneira ou de outra. É claro que não temos o controle de tudo o que nos acontece, mas, o que importa mesmo é a maneira que conduzimos a nossa vida, e isso inclui pensamentos e ações. Cada dia é uma oportunidade para mudarmos a nossa postura, e isso requer coragem para enfrentar as inúmeras dificuldades. Na realidade, o ano mudou para quem mudou, foi diferente de 2017 para quem batalhou para que fosse, porque os dias são os mesmos, as horas também, o que muda mesmo é a nossa maneira de viver, é aquilo que fazemos com o que nos acontece, são as nossas escolhas e decisões que tornam um ano diferente.
Quando o Natal vai se aproximando, até mesmo de uma maneira inconsciente começamos a fazer uma retrospectiva de tudo o que vivemos. Em 365 dias tanta coisa acontece… as subidas e descidas dos degraus da vida nos trouxeram até aqui e, de alguma maneira, nos tornaram diferentes do dia 1 de Janeiro. Já passou do tempo de sairmos da posição de “vítima” e assumirmos as rédeas da nossa vida. Se está ruim, como posso melhorar? Se está bom, como faço para permanecer assim e ajudar a quem precisa de mim? O que acontece muitas vezes é um comodismo que não nos ajuda, apenas, nos torna chatos e reclamões. Por isso, agradeço. Sou grata por cada coisa que me aconteceu, até mesmo as ruins, porque se estou aqui, de pé, entendo que eu fui mais forte e aprendi com tudo. Evoluir é um verbo que faço questão de conjugar em todos os tempos. Nada foi em vão, jamais será. Caí feio, mas com ajuda de Deus, consegui levantar. Cada cicatriz que carrego no coração marca as vezes em que recomecei, me reergui e não me deixei vencer pelo mal que nos ronda o tempo inteiro.
Eu não sei como foi o seu ano, não conheço a sua história, mas eu espero que você não desista de viver, de lutar, de ser melhor a cada amanhecer. Na chuva ou no sol, encontre graça na vida! Ao invés de esperar um ano melhor, comece a trabalhar para que ele, de fato, seja melhor. Faça a sua parte. Que você saiba agradecer e entenda que todos nós enfrentamos problemas. Livre-se dos atrasos da sua vida, reinvente-se e bote para quebrar em 2019, pessoalmente e profissionalmente. Não importa o quão distante lhe pareça chegar lá, COMECE. Isso já é muito. Um passo de cada vez e você verá a mudança acontecer. Por fim, o meu desejo para o novo ano é que aprendamos a AMAR. Não falo do amor na teoria, limitado às redes sociais, mas o amor praticado, doado, espalhado. Esse sentimento bonito que é pai de tudo o que é bom. O amor sem muitos porquês. Que nos sustenta e que faz tudo valer. Feliz Natal e um ano novo repleto de alegrias e boas leituras!
Aninha Ferreira
Publicado na Edição Impressa nº 42
Dezembro-2018
Da Redação
Do ExpressoPB
