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Foto: Twitter – Ricardo Stuckert
A multidão que acompanhou o ato político do candidato à presidência da República pela Frente Brasil Feliz de Novo, Fernando Haddad (PT), se concentrou no palanque instalado na Praça da Independência (a Praça do Diário), no Centro do Recife, no início da tarde deste sábado (22). Ao chegar. o candidato foi “arrastado” pelos eleitores presentes, que tentam se aproximar dele.
Segundo informações do site Folha de Pernambuco, o candidato petista, que ocupa a segunda posição nas últimas pesquisas de intenção de voto, fez questão de exaltar a relação do lulismo com o Nordeste. “Tem gente que se queixa porque o Nordeste cresceu mais do que a média nacional. Isso aconteceu porque a primeira vez que um presidente olhou para o Nordeste foi no governo Lula. Porque ele sabia a dívida histórica com o Nordeste, na educação e na saúde”, alegou. “O nordestino, com oportunidade, é um bicho danado. Ele passa no vestibular, passa no ITA, nas melhores escolas do País. Com talento todo mundo nasceu, mas é o nosso papel garantir que todo mundo tenha oportunidade”, disparou.
O incensado “candidato de Lula” aproveitou a passagem para mandar recado aos adversários. “Desde que começaram a desestabilizar esse País, porque eles não aceitaram até hoje a derrota de 2014, desde a eleição de 2014 eles só fizeram bagunça com o Brasil”, apontou.
“Nós não temos nenhum revanchismo, nós vamos lutar esses 15 dias pra ir ao segundo turno e três semanas depois ganhar a eleição. É pra isso que vamos trabalhar, mas não pra derrotar o Brasil e sim pra salvar o Brasil desse projeto (do governo Temer). Nós vamos nos reconciliar com o Brasil, muita gente percebeu o que tá acontecendo. Uma parte grande da população foi levada a erro em 2016 e hoje as pessoas acordaram que o projeto que tá em curso”, argumentou.
Foto: Folhape
“Vamos decidir entre dois caminhos para o Brasil e para Pernambuco. De um lado, o time de Lula, que é esse aqui. O outro projeto é o da Turma de Temer, que é Alckmin, Bolsonaro e os demais candidatos da direita”, disse o candidato ao Senado, Humberto Costa (PT), ao microfone. Além de Costa e Haddad, ocupam o palanque a candidata a vice, Manuela D’Ávila (PCdoB), o governador do Estado e candidato à reeleição, Paulo Câmara, e a vice dele, Luciana Santos (PCdoB). Também presentes ao ato, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e a ex-primeira-dama de Pernambuco, Renata Campos.
O governador Paulo Câmara fez um dos discursos mais curtos do ato, porque foi intensamente vaiado durante a sua participação. “Temos, agora, uma caminhada de 15 dias e nós temos orgulho de escolher o lado do povo, o lado de Miguel Arraes, de Eduardo Campos, o lado de Lula, o lado de Fernando Haddad. Do outro lado tem a Turma de Temer, tem o senador que apoiou a reforma trabalhista. Nós temos que enfrentar essas pessoas que foram contra o trabalhador, que foram a favor de aumentar o bujão de gás, a favor de vender a Chesf e, com ela, privatizar o São Francisco. Essas pessoas querem fazer em Pernambuco o mesmo mal que fizeram ao Brasil, mas a gente não vai deixar”, afirmou o governador.
“Temer queria fazer com que Pernambuco fosse destruído, mas não conseguiu. Do lado deles está o pior ministro da educação da história do Brasil, Mendonça Filho. Acabou com tudo que vocês fizeram”. continuou Humberto Costa, referindo-se ao trabalho de Haddad enquanto Ministro da Educação. O governador Paulo Câmara foi vaiado quando Humberto Costa disse que ele será eleito. Na tentativa de “abafar” as vaias, Costa puxou um “Fora Temer“. Ao microfone, Luciana Santos disse estar muito orgulhosa em “fazer parte da Frente Popular”. A comunista também foi vaiada pela referência ao PSB.
Haddad chegou ao Recife por volta do meio dia e veio direto à Praça Maciel Pinheiro, onde uma multidão de camisas vermelhas e amarelas o aguardava. No trajeto até a Praça da Independência, já no bairro de Santo Antônio, a caminhada ocorreu com muito “empurra-empurra”, ao ponto de o presidenciável não conseguir cumprimentar vendedores numa loja da Rua Nova. A euforia que caracterizou a caminhada fez com que a candidata a vice-presidente de Haddad, Manuela D’Ávila (PCdoB), comparasse o ato político ao bloco do Galo da Madrugada.
Da Redação
