Governo acusado perdeu para a oposição de dois ou três

Publicado em quinta-feira, dezembro 14, 2017 · Comentar 


Confesso que não entendo como no cenário de disputa política, as vezes de média, as vezes de baixa intensidade,  alguém que detém a máquina e o poder sob seu comando pode abdicar dos instrumentos que lhe são disponíveis para ficar praticamente refém de um  pequeno grupo de desalojados da mamata do governo assistindo aos ataques rasteiros de meia dúzia desses.

Me refiro ao governo do prefeito de Mari, Antonio Gomes, que apesar de sua razoável aprovação e boa imagem junto a opinião pública, não tem ‘enfrentado’ aqueles que o tentam desmoralizar com mentiras, inverdades e montagens de todas as sortes.

Se 2017 o governo viveu um inferno astral com a ‘oposição de dois ou três, imaginem como será em 2018 quando as lideranças políticas vão estar a caça do voto para seus candidatos.

Franklin Martins, renomado jornalista, ministro da comunicação do Governo Lula, ao apresentar a sua experiência no comando da comunicação do governo federal, em Seminário do Instituto de Mídia Alternativa Barão do Itararé, afirmou que governo e política tem que andar juntos, devendo o governante dedicar-se com alta intensidade ao governo, mas sem descuidar-se da política de baixa intensidade. Franklin citou inúmeros exemplos de como conseguiu driblar as armadinhas da oposição ao Governo Lula atrelada a setores da mídia. Foi realmente uma aula para qualquer agente público tomar como modelo. A política de comunicação foi tão bem conduzida que Lula venceu a reeleição, fez a sucessora e saiu com mais de 80% de aprovação popular. Lógico que não foi apenas a política de comunicação, mas isso contou para construir a imagem do governo junto ao povo.

É de se reconhecer que os que pensam o governo em Mari perderam no debate político para a oposição de dois ou três ao se negarem fazer o confronto de números, dados e opinião. Erraram pela a arrogância de achar que o adversário ao calar-se cruzou os braços, pelo contrário, ele evitou vir para a linha de frente do confronto, porque ele – como ninguém – sabe de seus feitos no passado e não se dispôs a ser cobrado, daí deixou que os seus – desassistidos da sombra da muda – fizessem o trabalho apenas pelo doce prazer da vingança de não estarem usufruindo do que o poder lhes proporcionou durante anos.

Diz um adágio popular que a diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem, da ‘banda’ do governo a dosagem de “paz e amor” foi o suficiente para se sentir o gosto do veneno do ódio dessas criaturas humanas desacostumadas a viverem longe do guarda-chuva dos governos.

Ou se muda a estratégia ou…

 

Marcos Sales
Contato com a coluna: @Salles_Marcos
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