O delegado da Polícia Civil da Paraíba, Lucas Sá, que participou da operação do Ministério Público para prender em flagrante o prefeito do município de Bayeux (Podemos), pela pratica de corrupção passiva, explicou, nesta quinta-feira (06), durante entrevista, todo o modus operandi utilizado pelo gestor para obter dinheiro de empresários.
Segundo o delegado, em razão do cargo de prefeito, Berg tinha o poder de liberar os pagamentos para os fornecedores mediante uma senha. O dinheiro só era liberado se o prefeito autorizasse. Dessa forma, ele usava esse ‘poder’ para obter vantagens ilícitas, cobrando uma espécie de ‘pedágio’ por cada valor pago.
“Ele, em razão do cargo dele, da situação de gestor, ele teria como cumprir a proposta, já os pagamentos para que fossem liberados, o prefeito precisava digitar a senha final do sistema e os depósitos eram feitos nas contas dos contratantes.
O prefeito tinha esse poder, essa autonomia, de fazer o comando para esses pagamentos e em razão desse poder dele, é que ele fazia essas propostas e garantia o pagamento dos contratos feitos com a prefeitura”, relatou.
O delegado disse que, por enquanto, ainda não há nenhuma outra denúncia formalizada contra o prefeito Berg Lima, apesar de haver indícios de que a proposta também havia sido feita a outros empresários que tinham contratos com a gestão municipal.
“Existe informação que ele faria essa proposta a outras pessoas, s isso a gente não tem como informar porque não há outra denúncia formalizada”, relatou.
Da Redação
Com PB Agora