
O ELN e as Farc deram uma coletiva de imprensa conjunta nesta quinta-feira, em Havana, depois de se encontrarem na capital cubana, com aprovação do governo, para debater suas respectivas abordagens para encerrar a guerra civil de meio século no país andino.
Indagado se o ELN espera firmar um pacto de paz antes das eleições presidenciais e legislativas de 2018, o comandante Nicolás Rodríguez, conhecido como “Gabino”, respondeu: “a verdade é que não acreditamos nisso. Temos que dizer com tristeza que não vemos vontade do governo de lidar, como deveria, com os paramilitares como um fenômeno que ameaça a paz”, disse.
Menos violência
Esta foi a primeira reunião pública de membros do ELN, desde que as Farc assinaram um acordo de paz com o governo colombiano em novembro passado, depois de quatro anos de conversas em Havana. Após o acordo, seus combatentes começaram a se desarmar e se reintegrar à vida civil.
Enquanto isso, o ELN também realiza conversas de paz com o governo em Quito, capital do Equador, que serão retomadas na próxima terça-feira (16). Em um comunicado conjunto com as Farc, o ELN disse estar comprometido em criar um país mais democrático na Colômbia e em evitar a violência na luta política.
Mais de 220 mil pessoas já morreram no conflito entre o governo colombiano, o ELN, as Farc e grupos paramilitares de direita, e milhões de pessoas foram expulsas de seus lares.
Da Redação
Com Agência Brasil