Às vésperas do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, tentou entregar uma bala de prata contra o petista, depois de ter ficado em silêncio num interrogatório no dia 17 de abril – Duque pediu então para ser ouvido novamente pelo juiz da Lava Jato.
O novo depoimento aconteceu nesta sexta-feira (05) em Curitiba, quando Duque disse a Moro que Lula ‘tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando’ do esquema de corrupção instalado na estatal, em palavras similares aos dos procuradores da investigação, como Deltan Dallagnol, que designou ao ex-presidente o papel de “grande general” da organização criminosa.
Duque afirmou que Lula pediu para que ele fechasse contas no exterior, onde recebia propinas. Segundo o depoente, o ex-presidente quis saber sobre conta que ele teria na Suíça e se nela recebeu recursos da multinacional SBM.
“Ele me pergunta se eu tinha uma conta na Suíça com recebimentos da SBM”, relatou. “Eu falei não, não tenho dinheiro da SBM nenhum, nunca recebi dinheiro da SBM. Aí ele vira pra mim fala assim ‘olha, e das sondas tem alguma coisa?’ E tinha né, eu falei não, também não tem”.
Renato Duque atribuiu então a seguinte frase ao ex-presidente: ‘Olha, presta atenção no que vou te dizer. Se tiver alguma coisa não pode ter, entendeu? Não pode ter nada no teu nome entendeu?’.
O ex-diretor da Petrobras está preso – foi preso pela primeira vez em novembro de 2014 – e já foi condenado em quatro ações da Lava Jato a mais de 50 anos de prisão, além de ser réu em pelo menos outros seis processos decorrentes da operação.
Para a defesa de Lula, o depoimento de Duque “é mais uma tentativa de fabricar acusações ao ex-presidente Lula nas negociações entre os procuradores da Lava Jato e réus condenados, em troca de redução de pena. Como não conseguiram produzir nenhuma prova das denúncias levianas contra o ex-presidente, depois de dois anos de investigações, quebra de sigilos e violação de telefonemas, restou aos acusadores de Lula apelar para a fabricação de depoimentos mentirosos”.
“O desespero dos procuradores aumentou com a aproximação da audiência em que Lula vai, finalmente, apresentar ao juízo a verdade dos fatos. A audiência de Lula foi adiada em uma semana sob o falso pretexto de garantir a segurança pública. Na verdade, como vinha alertando a defesa de Lula, o adiamento serviu unicamente para encaixar nos autos depoimentos fabricados de ex-diretores da OAS (Leo Pinheiro e Agenor Medeiros) e, agora, o de Renato Duque.
Os três depoentes, que nunca haviam mencionado o ex-presidente Lula ao longo do processo, são pessoas condenadas a penas de mais de 20 anos de prisão, encontrando-se objetivamente coagidas a negociar benefícios penais. Estranhamente, veículos da imprensa e da blogosfera vinham antecipando o suposto teor dos depoimentos, sempre com o sentido de comprometer Lula.
O que assistimos nos últimos dias foi mais uma etapa dessa desesperada gincana, nos tribunais e na mídia, em busca de uma prova contra Lula, prova que não existe na realidade e muito menos nos autos”, dizem ainda os advogados do ex-presidente.
Festival midiático da Globo – A Globo já está fazendo agora o maior sensacionalismo com depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, condenado há pelo menos 45 anos de cadeia.
A Emissora diz que no depoimento ao Juiz Sérgio Moro, Duque teria denunciado o esquema de propina da Petrobras e envolvido o nome do ex-presidente Lula.
A Globo só esquece de lembrar que uma denúncia dessas não tem consistência alguma, pois não existe provas que comprove o que o então funcionário da Petrobrás está afirmando.
A toda “poderosa”Globo esquece ainda de lembrar que para quem se encontra na cadeia desesperado e sabendo que a saída é denunciar Lula, claro que não iria perder a oportunidade de mentir descaradamente.
O Jornal Nacional de logo mais é uma verdadeira aberração de mentiras produzidas por aqueles que querem o Poder a qualquer preço.
Alguns que acompanham o JN deverão observar se as caras de Bonner e Vasconcelos irão tremer ou não.
Da Redação
Com Brasil 247 e ClickPolítica