Depois de seis meses na presidência da República, Michel Temer se tornou alvo do primeiro pedido de impeachment. O documento foi protocolado na tarde desta segunda-feira 28 na Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados e terá agora de ser analisado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O documento é assinado pelo presidente nacional do Psol, Raimundo Luiz Silva Araújo, que alega que o presidente cometeu crime de responsabilidade no episódio que culminou na queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, o quinto ministro de Temer a cair por envolvimento em corrupção.
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero denunciou a Temer estar sendo pressionado por Geddel para favorecê-lo com a liberação de uma obra embargada em Salvador, onde ele tem um imóvel de R$ 2,4 milhões. Temer tratou o caso como um conflito normal entre ministros, e pediu a Calero que encaminhasse o problema para a Advocacia-Geral da União.
Calero também acusou Temer de tê-lo “enquadrado” a ajudar Geddel, em vez de considerar irregular a pressão feita pelo seu braço-direito. “A política tem dessas coisas”, disse Temer a Calero, segundo o ex-ministro da Cultura, ao comentar o gesto de Geddel, que advogou em causa própria.
“Pressão de Temer sobre Calero a favor de Geddel, agora sim estamos diante de um Crime de Responsabilidade sem margem para dúvidas”, comentou na semana passada o deputado Ivan Valente (Psol-SP).
Confira aqui a íntegra do pedido de impeachment do partido.
Da Redação
Com Brasil 247