O ministro do Planejamento, Romero Jucá, anunciou na tarde desta segunda-feira que pedirá ainda hoje licença do cargo de ministro. O ministro disse que ficará afastado do cargo até o Ministério Público Federal se pronunciar sobre os áudios e destacou que se for inocentado voltará ao posto. Jucá afirmou que indicará temporariamente para o cargo o secretário-executivo do próprio Planejamento, Dyogo Oliveira.
A justificativa para se licenciar do cargo é de que aguardará uma manifestação do Ministério Público Federal sobre a investigação que corre contra ele no âmbito da Operação Lava-Jato.
Ele chamou de “manipulação das informações” as matérias decorrentes do áudio em que aparece conversando sobre as investigações com Sérgio Machado.
— Vou ajudar a aprovar a meta no Senado. Não quero que paire nenhuma dúvida sobre minha conduta. O presidente me deu um voto de confiança, mas eu preferi sair. O presidente entendeu minha posição, viu minhas entrevistas, tenho defendido que se delimite a culpa a quem tem culpa — afirmou Jucá.
Ele disse ter convicção de que não fez nada de errado. Enquanto Jucá concede a entrevista, é chamado de golpista por deputados e senadores.
Com O Globo