Madrasta acusada de envenenar enteados com chumbinho vai a júri popular

Publicado em terça-feira, maio 16, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ)decidiu que Cíntia Mariano Dias Cabral, madrasta presa e suspeita de envenenar e matar a enteada, Fernanda Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio contra o enteado, Bruno Cabral, de 16 anos, irá a júri popular. Segundo os investigadores, Cíntia colocou chumbinho na comida deles. O TJRJ também manteve a prisão da mulher.

Nesta segunda-feira (15), ela passou por audiência de instrução e foi comunicada da decisão. Ela seguirá presa até o julgamento, que deverá aconteceu no ano que vem.

O interrogatório de Cíntia começou com 40 minutos de atraso. Nele, duas testemunhas de defesa seriam ouvidas, mas apenas uma compareceu. Cíntia se manteve em silêncio durante a audiência, que durou pouco mais de meia hora.

A defesa pediu para que a acusada ficasse sem as algemas, mas o pedido foi negado pela juíza Tula Corrêa de Mello, titular da 3ª Vara Criminal da Capital.

Gustavo Rodrigues, legista e testemunha de defesa, foi o primeiro a ser ouvido. Entretanto, a participação dele durou cerca de seis minutos, já que, muito do que ele falou poderia ser usado contra Cíntia. Ele, por exemplo, reforçou não haver dúvidas sobre o quadro de envenenamento de Bruno.

Em audiências passadas, Carla Mariano, filha biológica de Cíntia, contou que a mãe teria admitido ter matado Fernanda, em março de 2022, e de ter tentado envenenar Bruno, em maio de 2022, mas sem revelar a motivação dos crimes.

Já os policiais afirmaram acreditar que Cíntia sentia ciúmes da relação dos enteados com o marido, com quem estava casada há seis anos.

Cíntia é suspeita de envenenar os dois enteados com chumbinho no feijão, num intervalo de dois meses. Fernanda morreu em março do ano passado, depois de ficar 13 dias internada. Bruno, seu irmão de 16 anos, conseguiu escapar e contou ter começado a passar mal depois de um almoço na casa da madrasta, em maio do mesmo ano.
Segundo o rapaz, o feijão servido pela madrasta estava amargo e com pedrinhas azuis. Depois do almoço, Bruno chegou em casa com falta de ar, visão turva, sudorese e língua enrolando, os mesmos sintomas que a irmã sentiu.

Redação/

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