Uma figura paterna frágil cria um filho parafuso de geleia – Içami Tiba

Publicado em domingo, maio 14, 2023 · Comentar 


Içami ensinou que, uma educação baseada apenas no prazer, sem nenhuma consideração moral, leva as crianças a desenvolverem a baixa-estima por si mesmas.

O psiquiatra e escritor Içami Tiba, em vida, se especializou na educação infantojuvenil, e seus livros, voltados para pais, educadores e profissionais da área da saúde, buscam iluminar o conhecimento a cerca da educação.

No seu livro “Quem Ama Educa”, lançado em 2004, o autor falou sobre os impactos que uma criação permissiva.

“Os parafusos de geleia têm baixa autoestima porque foram regidos pela educação do prazer. Muitos pais acham que dar boa educação é deixar o filho fazer o que quiser, isto é, dá-lhe alegria e prazer. Não é isso que se cria a autoestima”, escreveu.

O autor enfatiza a necessidade de ter “pulso firme”, para que o filho desenvolva uma personalidade mais forte. Caso contrário, sem frustrações, não vão tolerar ser contrariados.

“O parafuso de geleia é comumente encontrado nesta sequência: avós autoritários, pais permissivos, netos sem limites (parafuso de geleia)”, reforçou.

Ele ensina que, quando uma criança tentar nos tirar do eixo, devemos olhar firmemente nos olhos dela e conte:

“Quando foram pais, os avós mostraram-se muito autoritários, tendo sido mais ‘adestradores’ de crianças que educadores. Bastava o pai olhar, o filho tinha que obedecer; do contrário, os pais abusam da paciência curta, de voz grossa e da mão pesada. Não tinham conhecimento da adolescência. Adolescente com vontade própria era sinônimo de desobediência. Não reconheciam a possibilidade de o filho pensar diferente: ‘eu sei o que é bom para o meu filho e ele tem que aceitar’; ‘Filho não tem vontade, não tem de querer.’ Eram onipotentes e abusam da lei animal do mais forte. Eram os machos alfas.”

PARA IÇAMI A PERMISSIVIDADE COM UM FILHO É A OUTRA FACE DO AUTORITARISMO.

“A permissividade é a outra face do autoritarismo, regada a ocasionais crises autoritárias. Não consiste num novo caminho educativo. O pai permissivo deixa, deixa…até um ponto que não aguenta mais e dá um grito: ‘Agora, chega!’ De repente manifesta um comportamento que não condiz em nada com a permissividade. E aí está a perda de referência educativa.”

ELE DENOMINA “GERAÇÃO PARAFUSO DE GELEIA” AQUELA QUE DESCONHECE A PALAVRA “NÃO”, E QUE NÃO TEM REFEÊNCIAS TAMBÉM DE UM ESTADO DE PODER OU COMPETÊNCIA.

Esses, desconhecem a força da autoestima, e infelizmente, precisam lidar com a insatisfação de que, não vão ser os pequenos de seus pais para sempre.

Redação/ HP.  
Foto: Ayrus Hill via Unsplash.

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