Depois de passar fome ao lado da mãe, jovem imigrante conclui mestrado e trabalhará na Nasa

Publicado em sábado, maio 13, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução

Antonio foi para os Estados Unidos, com sua mãe, em 2015. Não tinham onde dormir e mal tinham dinheiro para se alimentar.

Em busca de melhores condições de vida, milhões de indivíduos optam por sair de seus países de origem e entrar em território estrangeiro. O processo é chamado de imigração e pode ter inúmeras causas, como melhores condições de trabalho, fuga de conflitos ou até mesmo de desastres naturais.

Os países considerados desenvolvidos são os que mais recebem imigrantes, muitos deles, porém, barram a entrada dessas pessoas, trazendo à tona uma questão que envolve direitos humanos, negligência, economia e política internacional.

Ao mesmo tempo, nós nos deparamos com algumas histórias de imigrantes que, assim que chegaram aos países de destino, conseguem continuar suas vidas, atuando no mercado de trabalho, estudando e despontando nas áreas que escolheram.

A questão da imigração deve ser analisada com cautela, principalmente se levarmos em conta que são cidadãos (adultos e crianças) que apenas estão em busca de oportunidades que em seus países de origem não têm.

O cubano Antonio Macias saiu de seu país junto com sua mãe justamente procurando algum lugar onde pudessem se desenvolver economicamente e profissionalmente. Os dois saíram de Cuba rumo à Venezuela, depois foram para o Equador, mas as experiências que tiveram não foram boas, e tiveram a ideia de ir para os Estados Unidos, em 2015.

Para entrar no país, precisavam cruzar a fronteira do México que, segundo reportagem da Univision, é um dos pontos mais críticos para os imigrantes. A mãe Milda Cañizares, na ocasião, disse ao filho que deveriam se manter unidos, independentemente da situação. Se houvesse algum conflito ou fossem presos, mesmo assim deveriam seguir juntos.

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Direitos autorais: reprodução/arquivo pessoal.

Cruzaram a fronteira por Houston e precisavam reunir os documentos necessários, se quisessem viver nos Estados Unidos de maneira legal. Antonio e Milda pediram ajuda para um parente que já estava no país, mas acabaram sozinhos, sem nenhum apoio, deixados em frente à organização Catholic Charities.

A mãe conta que tinham apenas R$ 750 para os dias que viriam, uma quantia extremamente irrisória para os dois, e isso fazia com que só comessem um hambúrguer por dia.

Em muitas ocasiões, ela comia apenas metade do seu, para que o filho pudesse comer um pouco a mais. Foram dias dolorosos. Além disso, não tinham teto e precisaram vagar pela cidade ou descobrir abrigos que acolhessem imigrantes, algo difícil no país.

Conforme os dias foram passando, Antonio e Milda conheceram uma alma bondosa que lhes ofereceu um teto, a partir daí as coisas começaram a deslanchar na vida dos dois. Ambos arrumaram um emprego, legalizaram a situação burocrática e o jovem conseguiu entrar na universidade para estudar ciência aeroespacial.

Aplicado em seus estudos, Antonio estudou inglês, terminou a graduação e também o mestrado em apenas cinco anos. A rapidez surpreendeu a todos. Com apenas 25 anos, ele foi convidado a trabalhar na Nasa; suas pesquisas foram publicadas em revistas científicas. Este ano, ele também começará o doutorado no Georgia Institute of Technology, e está estudando a evolução das superfícies dos planetas e luas que não têm atmosfera.

Para eles, o fato de Antonio se destacar tanto na sua área tem influência direta da força e das escolhas que a mãe Milda fez ao longo dos anos. Ela explica que ele era apenas um adolescente quando tudo começou, e que precisou ser forte pelos dois, abrindo mão de inúmeras coisas em sua vida pelo bem-estar do filho.

Redação/OAmor

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