O ex-ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (9), que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) não foi imunizado contra a Covid-19 e que o Cartão de Vacina dele foi violado por terceiros. Queiroga ressaltou ainda que ele mesmo denunciou o ocorrido em dezembro do ano passado e que o fato é de conhecimento dos órgãos fiscalizadores.
Durante entrevista exclusiva ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação, Marcelo Queiroga garantiu que Jair Bolsonaro não teve qualquer tipo de participação nessa adulteração e chegou a acusar funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS) como os possíveis responsáveis pelo crime.
“Todos os brasileiros têm, através do ConectSUS, acesso ao certificado de vacinação contra Covid-19. São cerca de 40 mil salas de vacinação e três vacinadores em média por sala. Essas pessoas têm acesso ao sistema. Não é um sistema inviolável e pode acontecer problemas, que é o que a Polícia Federal está investigando. Detectamos o problema em dezembro e acredito na lisura do presidente Jair Bolsonaro”, disse Queiroga.
A Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar um suposto esquema de falsificação de dados do cartão de vacinação contra a covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras pessoas próximas.
Ao todo, os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em Brasília, um deles na casa de Bolsonaro, e no Rio de Janeiro. Seis pessoas foram presas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Segundo a Polícia Federal, o cartão de vacinação do ex-presidente e de sua filha mais nova teriam sido adulterados para incluir o registro de imunização contra a covid-19. Na família de Mauro Cid, a falsificação teria beneficiado a mulher e a filha do tenente-coronel.
Bolsonaro negou ter adulterado cartão de vacinação, horas depois de a PF ter realizado mandados de busca e apreensão na residência dele.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das “milícias digitais”. Segundo a PF, as inserções falsas de dados ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
Redação/Portal Paraíba