Do lixão para a universidade: Ex-catador de lixão é aprovado em 2º lugar para curso na UFPE

Publicado em sábado, maio 6, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução/Arquivo Pessoal

Entre trabalhar num lixão e estudar, Cassiano Oliveira, 29 anos, escolheu os dois. Catando materiais recicláveis desde os 10 anos de idade no que, à época, era o lixão de Passira, no Agreste pernambucano, ele encontrou, junto à família, uma fonte de renda e, do lugar mais inóspito, a inspiração que precisava para estudar.

O rapaz que na adolescência era chamado de ‘rato do lixo’ agora quer ser conhecido como professor de ciências biológicas. “A gente passava por certa dificuldade por conta da falta de emprego. No lixo, era só ter a coragem de trabalhar, material tinha sobrando. Foi a partir daí que as coisas começaram a ficar melhores para a gente”, conta Cassiano, com orgulho sobre o tempo que coletava materiais recicláveis.

As idas ao lixão de Passira com a família começaram quando ele ainda tinha 10 anos. “Eu gostava de estudar e gostava muito do lixão. A gente arrumava brinquedos, livros… Tenho até hoje alguns que achei”. Até chegar à UFPE, foram sucessivas provas do Exame Nacional do Ensino Médio, dias a fio estudando pelo celular e muita vontade de conquistar uma vaga.

Na bagagem, Cassiano conta com a experiência não só de catador, mas também de um mandato como vereador em 2016 na cidade de Passira. Fora dos lixões, ele mantém na localidade um depósito de materiais recicláveis.
Cassiano já havia conseguido uma vaga no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, na UEPB, mas desistiu por conta da distância e de não achar que ali conseguiria unir a teoria da sala de aula à sua prática diária com materiais recicláveis.

Saiba mais sobre a história de Cassiano no JC.COM.BR.
Redação/ JC.COM.BR.
(Foto: Arquivo pessoal)

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